sábado, agosto 30, 2014

Trinca Bolotas 2013 + Vinha do Monte Rosé 2013

Epá! Que delícia! Encantei-me. Um temperamento tão easy going... não gosto e não costumo estrangeirar, mas aqui tem de ser, porque é um vinho capaz de agradar em todo o mundo.
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Ser fácil (é!) e haver muito (julgo que sim!) não são sinónimos de não prestar – quem duvida que vá ver os números de Champanhe e das grandes casas. Aquelas duas características que apontei têm uma – de várias razões – competência enológica. Ponto!
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Apesar do que disse, a verdade é que «fácil» normalmente significa desinteressante. Fazer-se muito é habito ser medíocre. É um vinho muito fácil e bom prazer me deu.
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Não é um grande vinho e nem será essa a ideia. É um vinho tinto muito agradável, equilibrado, que vai bem, no Verão, num jantar menos leve e que acompanha comidas te tempos mais frescos.
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Este vinho nasceu na Herdade do Peso, em Pedrógão, concelho da Vidigueira. As castas do seu lote são: alicante bouschet (44%), touriga nacional (40%) e aragonês (16%).
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É um tinto jovem, muito frutado, mas sem que nem morangos, amoras, framboesas, mirtilos e ameixa tenha esmagado a outra. Como é fresco, não é compota para barrar no pão.
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Duas coisas que não têm nada a ver: o nome é «MUINTA GIRO» e o rótulo muito simpático. Penso que a Sogrape, da produção ao marketing, passando pela agência que concebeu a face estão de parabéns.
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No dia em que foi apresentado, serviram um Vinha do Monte Rosé 2013 que é 120% Verão. Também ele fácil... embora em patamar mais abaixo do Trinca Bolotas.
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Trinca Bolotas 2013
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Origem: Alentejo
Produtor: Sogrape
Nota: 7/10
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Vinha do Monte Rosé 2013
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Origem: Regional Alentejano
Produtor: Sogrape
Nota: 5/10
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Nota: Não sei qual é a fixação dos produtores em escrever aragonês com grafia do século XIX (aragonez), que foi o tempo de maior confusão da língua portuguesa, pelo menos na matriz europeia.

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