segunda-feira, dezembro 26, 2011

Vinhos Domingos Alves de Sousa

É fácil simpatizar-se com Domingos Alves de Sousa, homem de simplicidade genuína, mas consciente do valor que tem. É fácil admirar este homem pela seriedade e qualidade dos seus vinhos. Ao seu lado o filho Tiago e à beira o enólogo Anselmo Mendes, que teima em fazer vinhos de excelência.
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Numa noite de Dezembro, Domingos Alves de Sousa apresentou os seus Quinta da Gaivosa, propriedade berço dos seus maiores néctares, e os Quinta de Vale da Raposa, a segunda dos seus domínios. Para não escrever um ror de textos com notas de prova, ajunto-os todos neste, e-vai-dembute.
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Branco da Gaivosa Reserva 2010 com notas olfactivas de abóbora, citrinos, nomeadamente casca de laranja e flor de laranjeira e, ainda assim, finamente leitoso. Na boca, seco, mineral, com boa acidez e bom final.
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Gaivosa Primeiros Anos Tinto 2009 é a entrada dos vinhos da Quinta da Gaivosa, fabricado a partir das vinhas mais jovens. Revelou-se guloso no nariz, embora não se mostrando compotado, aliás com algumas notas verdes e de madeira verde chamuscada. Na boca é muito suave e com final fixe, mas esperava mais.
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Moi même, pouco afoito a monovarietais, aprovei (quem sou eu? Até parece que sou importante e influente) este Vale da Raposa Tinto Cão 2009… No nariz lembra um Porto ruby, mas menos gordo, visto ter tempero de menta, pimenta preta e madeira de pinho aplainada. Na boca é elegante, mas mostrando bem os taninos, com revelação de ardósia e terra.
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Voltando ao moi même… Vale da Raposa Touriga Nacional 2009… já é habitual os produtores apostarem nesta casta: porque é boa e porque tem fama, logo vende. Confesso que já me chateia esta mania da touriga nacional … mas quando um vinho é bom, é bom… e se é muito bom, ou excelente, é muito bom, ou excelente. Ao nariz vem a compota de frutos vermelhos, gomas, violetas, com frescura da menta, madeira húmida e ameixa preta. Na boca é elegantíssimo, com taninos visíveis, excelente acidez e final muito prolongado.
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Regressando ao moi même… Vale da Raposa Sousão 2010, mostrou-se um pouco rústico, sem que isso seja negativo, todavia, embora campesino, soube ser fidalgo, revelando fineza no trato. No nariz, pastelaria natalícia, mas com notas químicas, e um pouco de pimenta branca. Na boca mostrou boa acidez, taninos um bocado rugosos, notas de madeira e belíssimo final.
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Quinta da Gaivosa Tinto 2008 é perfume (do bom), químico, floral, etéreo. Tem lá menta, madeira, terra, pimenta preta, linóleo. Gostei mais dele no nariz do que na boca, que é elegante, com óptima acidez, com festas de chocolate preto e ameixa preta.
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Quinta da Gaivosa Vinha de Lordelo Tinto 2009… teimo em adorar os vinhos desta parcela. O que se há-de fazer? (aqui entra um smiley a piscar o olho aos leitores). É o mais austero de nariz de todos os vinhos aqui relatados e também o mais curioso, diria quase inédito: cais. Isso mesmo, cais, de porto de mar, de muralha e barcos… mistura de água, sal, petróleo e desperdício de pano… Anselmo Mendes disse-me alcatrão, mas não concordo! A boca é doce, gulosa, com madeira tostada, taninos raçudos, muito gastronómico, com final longuíssimo.
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Alves de Sousa Reserva Pessoal Tinto 2003… ufa! Outro grande vinhaço! Numa consulta na sala, este foi o vinho da noite. Tenho de concordar, ou quase. Tem uma qualidade de sufocar, mas o meu coração ficou com o Lordelo (embora com a mesma nota). O produtor quer que os Reserva Especial saiam para o mundo com, pelo menos, sete anos, dos quais cinco anos em garrafa. É de homem! Tanto mais que muita gente anda a botar vinhos «inacabados» cá para fora (julgo que por razões de tesouraria). Olfactivamente mostrou manteiga, anis, flor de laranjeira, vegetal… uma grande pinta! A boca, ui, ui, ui… elegante, pujante, polido… acidez muito feliz, prometendo anos de alegrias.
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Branco da Gaivosa Reserva 2010
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Origem: Douro
Produtor: Alves de Sousa
Nota: 7,5/10
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Gaivosa Primeiros Anos Tinto 2009
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Origem: Douro
Produtor: Alves de Sousa
Nota: 6,5/10
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Vale da Raposa Tinto Cão 2009
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Origem: Douro
Produtor: Alves de Sousa
Nota: 7,5/10
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Vale da Raposa Touriga Nacional 2009
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Origem: Douro
Produtor: Alves de Sousa
Nota: 8/10
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Vale da Raposa Sousão 2010
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Origem: Douro
Produtor: Alves de Sousa
Nota: 7/10
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Quinta da Gaivosa Tinto 2008
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Origem: Douro
Produtor: Alves de Sousa
Nota: 8/10
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Quinta da Gaivosa Vinha de Lordelo Tinto 2009
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Origem: Douro
Produtor: Alves de Sousa
Nota: 9/10
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Alves de Sousa Reserva Pessoal Tinto 2003
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Origem: Douro
Produtor: Alves de Sousa
Nota: 9/10

domingo, dezembro 25, 2011

W. & J. Graham & C.º Vintage Port Wine 1970

Nasci em 1970! E logo para me saudar, a natureza criou as condições para uma prolífica declaração de vintages. Paul Symington, o boss, disse-me ser este duma das melhores safras desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Consensuais são os de 1945 e 1963… depois é a confusão. Disse-me que cada vez mais gosta deste ano, que se tem vindo a revelar de excepção, quando antes se supunha ser «apenas» muito bom. E 1970 foi também o ano em que os Symington compraram a Graham.
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No outro dia antecipei o jantar de Natal. Perdi a cabeça e lancei-me na aventura de fazer pezinhos de coentrada, que pensava ser mais complicado e que só não correu na perfeição, porque os coentros não tinham pinta.
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Natal, festa. Ano novo, festa. Aniversário, festa. Não sei quanto tempo vou por cá andar, festa. Foi abatida ao efectivo esta garrafa. E que boa que era!
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Tive a sorte de a poder partilhar com a MMPT, MCP, ALD, AT e LC. Viva eles! Companhia ainda melhor do que o vinho!
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No nariz, este vinho é mais complexo do que aqui posso deixar como testemunho: quiçá mogno, quiçá pau preto, quiçá as duas madeiras, notas balsâmicas, gomas, licor de ginja muito suave, alcaçuz, anis, canela… na boca, puro veludo e um final enorme.
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Origem: Vinho do Porto
Produtor: Graham (Symington Family Estates)
Nota: 9,5/10

sábado, dezembro 24, 2011

Afonso III – Vinho seco especial

Tem nome do quinto rei de Portugal e acrescenta-se-lhe «vinho seco especial». Dom Afonso III foi quem terminou a conquista do Algarve e a ele se deve a introdução dos castelos no brasão de Portugal… porém, esqueçamos a lenga-lenga dos sete fortes tomados aos mouros e blá blá blá… quem quiser saber disso que leia neste meu outro blogue.
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Dom Afonso III foi assim o primeiro Rei de Portugal e do Algarve (dos Algarves, de aquém e além mar, em África, só mais tarde) e, por isso, tem uma devoção cívica na mais meridional região continental portuguesa (há quem diga que a república só foi proclamada em Portugal, pelo que o Algarve continua a ser uma monarquia). O concelho de Lagoa não é excepção, pelo que lhe dedica este vinho.
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A minha primeira vindima, tinha eu uns dez anos, foi no Algarve, em Lagos (acho), mas este vinho só de soslaio o conhecia. Quem mo relembrou foi o professor Virgílio Loureiro, durante uma entrevista.
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É um vinho diferente, muito seco (muito, muito, muito), nada fácil. Diria que não é para todos (por cá quase ninguém apreciou). Diria que étnico, embora o rótulo não diga, julgo que será de tinta negra mole em esplendor… Algarvio à séria, sem os cabernet, merlot, syrah ou touriga nacional.
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Serve-se como aperitivo e refrescado. Estranha-se primeiro e passada a resistência… ufa! Vinhaço mesmo a meu gosto. No nariz bastante oxidado, quase férreo e com vinagrinho. Na boca parece pôr a soliva no seu grau mínimo.
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Origem: não referida.
Produtor: Adega Cooperativa de Lagoa

Nota: 7/10

sexta-feira, dezembro 23, 2011

Loridos Rosé 2008

Não se deve contrariar os malucos, nem o doido o pode fazer. Andei o dia com apetite de espumante. Porque estou bem disposto e porque decidi não me chatear com quem não vale a pena ou porque vive temporariamente uma fase de mente toldada.
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Bolas, que é Natal! Toda a gente nas compras, uma chatice… a deles, presos em encontrões, e minha que tive de manjar sozinho. E com apetite de espumante… logo hoje!
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Para que não me chateasse, abri uma lata de tomate inteiro pelado, piquei uma cebola e um dente de alho… tudo para a frigideira que tem a mania que é wok, instrumento que não descortino o significado do nome. Olhei para a coisa e achei que devia levar uma béca de vinho branco. Zás!... e cogumelos… abri uma latinha das emergências, pois ir à rua, está quieto oh preto! Brutinho como sou, atirei ao refugado cinco ovos… e não é que comi tudo?! Ah! E uma pitadinha de nada de flor de sal e um golpe de orégãos dos verdeiros.
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Isto tudo para quê? Para um bendito espumante que aguardava o cadafalso. Loridos Rosé (200´k´k098768765u8765u« –  efeito gráfico da limpeza do teclado, após o derramamento de algum espumante) 2008 . De bolha fina, um pouco mais viva do que o suave, com aroma de líchias e ligeiro tomate verde.
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Origem: não referida
Produtor: Bacalhôa
Nota: 5,5/10

segunda-feira, dezembro 19, 2011

Porto Calém celebra Benfica campeão europeu

A Cálem apresenta amanhã, terça-feira, no estádio da Luz,uma edição especial Colheita 1961, limitada a 200 garrafas numeradas, evocando os 50 anos da primeira Taça dos Campeões Europeus, por parte do Sport Lisboa e Benfica, anunciou, em comunicado, aquela casa de Vinho do Porto.
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«Foi para nós, Porto Cálem, um enorme privilégio ser os guardiões deste néctar único e, desta forma, associar-nos à comemoração de tão marcante data para instituição Sport Lisboa e Benfica. Acreditamos que através desta edição tão especial estamos também a contribuir para perpetuar este momento assinalável» – refere, no comunicado, António Montenegro, diretor de negócio nacional do grupo Sogevinus.
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sábado, dezembro 17, 2011

Lima Mayer Petit Verdot 2008

Conheci Thomaz Lima Mayer quando trabalhei como consultor de comunicação na Lift, sendo que a conta da sua empresa era gerida por mim. A experiência fora do jornalismo durou um ano, mas tenho mantido contacto com este produtor na Quinta de São Sebastião, situada na entrada de Monforte, quando se vai de Lisboa.
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Penso (julgo que já o escrevi aqui) que os bons vinhos traduzem sempre o carácter e o empenho de quem os produz, seja do enólogo e/ou produtor e/ou viticultor. Pelo que conheço de Thomaz Lima Mayer, é um homem forte e determinado, com personalidade vincada, educado e simpático.
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Se essas características são transportáveis para um vinho, então os vinhos da Lima Mayer & Companhia são prova disso. Se o produtor se prolonga na garrafa, muito se deve à interpretação do enólogo, que no caso é Rui Reguinga.
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Thomaz Lima Mayer talvez tenha sido o primeiro vitivinicultor português a apostar na casta petit verdot. O facto é que acertou. Os vinhos desta uva saem com grande pinta da Quinta de São Sebastião.
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Facto importante é todos os anos serem naturalmente diferentes. O perfil é aquele, mas não há padronização do vinho, tentação de muita gente. É bom ter uma certeza, mas ter também o que descobrir.
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O que gosto nele? Antes de mais: não é uma monotonia dum monovarietal, mal que padecem muitos vinhos, incluindo os de grande qualidade. O que gosto nele? Gosto disso, da complexidade conseguida, quer no nariz quer na boca.
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Complexidade sem que deixe de ser um vinho fácil. É como os livros de grandes escritores, mas que alguém com pouca instrução consegue ler e perceber. Se bem me lembro dos anteriores e não querendo comparar o que tem dificuldade em ser comparado, direi, arriscando, que é o melhor petit verdor da casa Lima Mayer.
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No nariz aprecio as ameixas pretas quase em passa, as bagas de amoras, as notas fumadas. Na boca a sedução da macieza e elegância, o final prolongado… só não vai com mais perigosa velocidade, porque não é vinho de penaltis.
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Origem: Regional Alentejano
Produtor: Lima Mayer
Nota: 8/10

sexta-feira, dezembro 16, 2011

Vértice Millésime 2007

Boa malha! Tragar este espumante é entrar numa fase superior de luta. Um bálsamo contra a austeridade – calma, que não disse que o vinho é acessível a qualquer um, mas quem tiver uma folgazinha… 15,50 euros, indicados pelo produtor.
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O perfil é o mesmo. Fresco, mineral, subtil, sedutor. Uma borbulhagem divertida… piquinho bom… lol.
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Muito gastronómico, mais até do que espumar na meia-noite de fim-de-ano. Beba-o (digo eu) ao jantar e molhe-se com outra coisa ao bater das 12 pancadas. Depois, volte para uma pinga destas.
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Origem: Douro
Produtor: Caves Transmontanas
Nota: 7,5/10
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Nota: Este vinho foi enviado para prova pelo produtor.

quinta-feira, dezembro 15, 2011

Vértice Rosé 2010

Este espumante foi o que, no lote de três vinhos enviados, o que menos me entusiasmou. Achei-o pouco complexo e com pouca «novidade». Será do ano? Provavelmente… será culpa minha? É possível.
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No nariz é fresco, com nuances frágeis de morangos verdes e um pouco citrino. Na boca realça-se a acidez e a mineralidade… uma coisinha que não gostei: a doçura. Esperava-o mais austero.
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Origem: Douro
Produtor: Caves Transmontanas
Nota: 5,5/10
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Nota: Este vinho foi enviado para prova pelo produtor.

quarta-feira, dezembro 14, 2011

Vértice Cuvée Reserva 2009

Lá estou eu com a touriga franca (35% do lote)… é que gosto!
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As Caves Transmontanas têm, ao longo dos anos, sempre boas propostas. Não me lembro de alguma vez ter bebido um néctar deste produtor que tivesse reparo. Nem nunca ouvi reprimendas a ninguém. O que não significa que seja «o melhor», «o maior», «o único». Há na gama propostas melhores e menos interessantes, mas todas de inegável qualidade.
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Esta cuvée fez-se, além da citada touriga franca com gouveio, viosinho, malvasia fina, rabigato e códega. No nariz revelou-se muito fresco, com notas subtis de fruta branca. Na boca realço a mineralidade.
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Origem: Douro
Produtor: Caves Transmontanas
Nota: 6/10
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Nota: Este vinho foi enviado para prova pelo produtor.

terça-feira, dezembro 13, 2011

Vila Flor Tinto 2009

O que argumentei no branco vai bem com este tinto. Preferi o branco, mas não posso atribuir outra nota que não a mesma. A diferença está dentro da minha margem de erro e penso ser de justiça equipará-los.
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A fruta madura que revela no nariz não é nem compota nem outra coisa que possa enjoar. Na boca mostra frescura e um final interessante.
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Origem: Douro
Produtor: Quinta da Peça
Nota: 5/10
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Nota: Este vinho foi enviado para prova pelo produtor.

segunda-feira, dezembro 12, 2011

Vila Flor Branco 2010

A simplicidade compensa. Sem artifícios, limpo de máscaras, despretensioso, este branco, nascido na Quinta da Peça, no vale da Vilariça, no Douro Superior, serve à vontade um momento de bom convívio.
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Não tem arcaboiço para ser um vinho da noite ou uma grande estrela, mas ainda assim se faz notado. Senti-o franco.
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No nariz mostra-se muito fresco, com notas cítricas e de maçã verde. Na boca demonstra boa acidez, um final simpático, em tons cítricos e minerais.
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Origem: Douro
Produtor: Quinta da Peça
Nota: 5/10
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Nota: Este vinho foi enviado para prova pelo produtor.

quarta-feira, novembro 30, 2011

Altano Tinto Vinhas Próprias 2009

Os Altanos são uns clássicos cá de casa e presente algumas vezes em casa de amigos. O primeiro que bebi foi há uns anos, se me lembrasse… acho que foi em 2005, num aniversário cá em casa, em que tive a ousadia de cá meter mais de 40 pessoas. Aas gatas, na altura apenas duas, passaram o tempo escondidas, só se atrevendo a sair, e a correr para o seu wc, quando restava pouca gente, tadinhas.
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Esse do aniversário não foi o reserva, que também vai/vem algumas vezes, foi mesmo o simples. Fez boa figura, causando agrado, tendo sido rapidamente consumidas as três caixas trazidas para casa. A recomendação foi feita pelo amigo, sempre bom senhor Santos, da Garrafeira Campo de Ourique.
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Este não desapontou e até diria que foi o melhor Altano que traguei… mas não juro. Esqueçamos um pouco essa afirmação… mas ainda assim…
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O Douro revelou-se no copo, denotando no nariz fruta preta e notas herbáceas, já secas. Na boca, ameixa preta, amoras e notas lenhosas.
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Origem: Douro
Produtor: Symington Family Estates
Nota: 5/10

terça-feira, novembro 29, 2011

Tesouro, um Porto colheita de 1882

Estive ontem na Symington e tive a felicidade de provar um néctar que me há-de ficar na memória por muito tempo. Infelizmente, a especialidade não está à venda, mas o deslumbre justifica que aqui escreva uma nota.
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Todas as casas de Vinho do Porto têm os seus tesouros, alguns de produção própria e outros adquiridos a produtores individuais. Guardado em poucos recipientes de madeira, está um vinho que todos os enófilos gostariam, de certeza, de provar. Sou um privilegiado!…
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A raridade data de 1882, ano em que chegou a Portugal Andrew James Symington, a primeira pessoa deste apelido a pisar solo português, para trabalhar na Graham’s… empresa que muito mais tarde, em 1970, haveria de ser adquirida por descendentes seus.
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Que tal é a preciosidade? As palavras que possa escrever são insuficientes, certamente. Este 1882 é daqueles vinhos que têm tudo lá dentro, e o nariz e a boca humanos têm capacidades limitadas, além de que a memória é fugidia e nem sempre precisa (falo por mim)… acresce que degustei em clima informal e veloz, nem coisa de ciência nem de mesa de refeição aristocrática.
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A saber: no nariz mostrou-se, primeiro, um pouco austero, coisa que lhe haveria de passar; aromas químicos, algo farmacêuticos, notas de especiarias, como noz-moscada, finura de canela, depois um não muito comum (nos tawnies) alcaçuz, frutos secos, passas e iodo. Na boca revelou-se untuoso, gordo, guloso, corpanzudo, vigoroso, fresco, com canela, caramelo suave, passas, frutos secos e um final brutal!
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Tal como há um ano a Taylor’s apresentou o Scion, um Rolls Royce, espero que a Symington se atreva a pôr cá fora algumas botelhas, que já se sabe serão poucas e caras. Faço figas para isso!
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Origem: Vinho do Porto
Produtor: Produtor anónimo / Symington Family Estates
Nota: 10/10

domingo, novembro 27, 2011

Quinta do Quetzal Reserva Tinto 2008

Este vinho coloca-me numa difícil situação. Por um lado está a filosofia do blogue, que pontua e aplaude com base no gosto pessoal. Noutro lado está a necessidade de reconhecer a qualidade intrínseca dum vinho, o que nada tem a ver com gosto pessoal. Num lado pesa o conceito e no outro o reconhecimento que não se pode abater à paulada um vinho que, ainda que tendo qualidade, não atrai mesmo nada, nem que seja pelo respeito que merecem profissionais competentes e com muitas provas dadas.
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Penso que já perceberam que não apreciei este vinho. Não o quero espancar, mas também não posso fingir que está tudo bem. 
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Uma coisa que não gostei foi o seu carácter totalmente internacional. Meterem-lhe no rótulo a denominação Alentejo serve como piada. Não há ali nada de alentejano, talvez só a adoptada alicante bouschet. Nem de alentejano nem de português.
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Não gostei do excesso de madeira, que tapa a fruta, uma tímida ameixa preta. E eu que gosto de madeira… Na boca é aveludado, envolvente, cheio, tem bom final… muita madeira…
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Não tenho dúvidas que muita gente gostará deste vinho, até porque a sua qualidade foi reconhecida por júris internacionais: Vinalies 2011 e Mundus Vini 2011, ambos com medalha de ouro.
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Para ser honesto… avaliando a qualidade formal daria um 6,5 (muito bom / excelente), na apreciação subjectiva do gosto daria 2 (evitável). Ponderando as duas coisas, acima está a filosofia do blogue.
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Origem: Alentejo
Produtor: Quinta do Quetzal
Nota: 3,5/10
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Nota: Este vinho foi enviado para prova pelo produtor.

sexta-feira, novembro 25, 2011

Taylor's edita livro

A Taylor’s, para celebrar o seu tricentenário, editou um livro, com textos acerca da sua história, dos seus vinhos e das quintas que lhes dão origem. Os textos, são assinados «por alguns dos mais conhecidos especialistas da altura», refere um comunicado da vinícola.
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O livro, totalmente em língua inglesa, apresenta também apontamentos acerca duma prova vertical, incluindo alguns néctares do século XIX, realizada para celebrar os 300 anos da empresa.
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A obra, escrita pelo historiador Andrew Jones, resulta da leitura de «toda a correspondência que sobreviveu até aos nossos dias». A Taylor’s refere que «este trabalho também dotou a firma de um arquivo devidamente organizado e catalogado de documentos históricos».

quinta-feira, novembro 17, 2011

Esteva 2010

Este texto vai causar-me dissabores, derivado do gozo que os meus amigos vão ter ao lê-lo!... Paciência, estou lixado, mas a verdade acima de tudo. E isto porquê? Porque passei metade da minha vida adulta a praguejar contra os Estevas, acusando-os de inúmeras patifarias. Tenho agora de fazer ALGUMA travagem… conto toda a verdade nesta crónica.
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Há coisa de oito meses conheci uma malta da Sogrape, na apresentação do Casa Ferreirinha Reserva Especial 2003. Conversas e tal e veio à baila o Esteva. Disse o que pensava, que basicamente era um pouco menos do que Maomé disse do toicinho.
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Um escândalo! Gritaram, o enólogo e a influente directora [não me lembro do cargo]. Sacrilégio! Tentaram evangelizar-me, como se fosse um perigoso Cátaro, ameaçaram-me com padecimentos, como se fosse um mártir… perante a minha posição irredutível, prometeram-me uma garrafa do novo Esteva. Mantive-me firme e aliciaram-me com uma caixa… se uma garrafa era mau, seis seriam um horror sádico.
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O certo é que nem um frasquinho do 2010 chegou… a senhora directora argumentou que se esqueceram ou foi lapso… mentira! Deram o caso por perdido… digo eu. Todavia prometi-lhe, dando palavra de honra, que iria compra-lo e prova-lo, sendo que marcaria, por antecipação, consulta em dois médicos: um por intoxicação e outra por problemas psicológicos.
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Para que se tenha uma ideia da dimensão do ódio ao Esteva refiro a vez em que joguei a mão a uma garrafa para encher o copo e que, ao levá-lo à boca, verti, em versão de banda desenhada, todo por cima da mesa, numa clara, mas involuntária, atitude de péssima educação. Ainda bem que os meus pais não estavam presentes… que vergonha!
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Refiro outra situação, em que duas amigas foram jantar comigo e outro amigo. Ao chegarem a casa, com duas garrafas de Esteva, foram mandadas embora, para as trocarem, sem terem sequer passado a porta! Tarrenego, tarrenego, tarrenego! Vade retro! Para trás, Satanás!
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Ontem, dia que não esteve nem frio nem calor nem antes pelo contrário, iluminou-se-me a mente com uma ideia obscura: comprar uma garrafa de Esteva. Era agora ou nunca. Ou aproveitava a coragem de, no momento, saltar o precipício ou viveria toda a vida acabrunhado, escondido atrás da memória e do terror.
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Fui ao Pingo Doce e soltei três euros e picos para levar a botelha. Fosse o que Deus quisesse. Se aquele vinho era obra de Satanás, eu estava a ser posto à prova… ou a ser tentado. Para o caso de me acontecer alguma coisinha má, mensagei duas pessoas, não fosse dar-se o caso…
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O enólogo António Braga garantiu-me que o perfil do vinho tinha evoluído, aproximando-se do dos primeiros Estevas. Não que fosse mau [na sua opinião], mas porque se sentira uma vontade de renovar o vinho.
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Abri a garrafa. De lá dentro veio ao nariz algum embate alcoólico, secundado por um suave odor a framboesas, ervas secas (esteva, pois então) e um pouco de especiarias. Na boca mostrou-se suave, macio, fácil de ingerir, mas curtíssimo de boca.
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Se há uns meses lhe daria uma nota 2 [evitável], agora avalio-o positivamente. Bem, ainda bem que marquei consulta no psiquiatra… e vou esconder-me dos amigos!... será que aguento a chacota?... É que gostei!
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Origem: Douro
Produtor: Casa Ferreirinha / Sogrape
Nota: 4/10


quarta-feira, novembro 16, 2011

Vila Santa Reserva Tinto 2009

Este vinho fez-me lembrar que já não é Verão. O tempo teimou em securas e dias soalheiros. Depois caiu chuva à bruta. Frio é que nem vê-lo. Porém, a mudança da hora tratou de me impor o Inverno, coisa que só acontecerá a 21 de Dezembro.
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A sensação de invernia que a mudança da hora causa, efeito psicológico, põe-me a apetecer (provavelmente a toda a gente) alimentos mais substanciais e vinhos (que também são alimento) mais caparrudos.
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Não bastasse a sensação psicológica, o Vila Santa Reserva Tinto 2009 realçou o estado de espírito. Apresentei-o à mesa com uns outonais cogumelos, com belo resultado… mas o que ia mesmo bem era caça: javali… veado… ui! Que bom!
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Muitas vezes embirro com a cabernet sauvignon, mas felizmente não vem com o pimento verde à trolitada. A touriga nacional, que anda abusada nos vinhos tugas, está atinada. O syrah dá-lhe nuances de chocolate preto no nariz, o que é fixe. Depois vêm os típicos alentejanos aragonês e alicante bouschet. A madeira, de carvalhos americano e francês, cortou a euforia da doçaria frutada, o que agradeci.
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Tudo isto somado no nariz: canela, uma finura de cravinho, chocolate preto e ameixa preta. De paladar sublinho a boca cheia, corpanzudo, mas sem brutidade. Fácil de se beber, pode guardar-se mais uns anos… penso eu de que.
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Origem: Regional Alentejano
Produtor: João Portugal Ramos
Nota: 7/10
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Nota: Este vinho foi enviado para prova pelo produtor.

sexta-feira, novembro 11, 2011

Ramón Bilbao Gran Reserva 2004

Oh Graciano, anda prá mesa, que o vinho está aberto e a comida a arrefecer!
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Sim, graciano é uma casta típica da Rioja e entra em 5% neste vinho. Outros 5% são de mazuelo. Os restantes 90% da fantástica, imbatível e deslumbrante estrela internacional… tempranillo... tcharã!...
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É que gostei mesmo deste bicho! Complexo e desafiante, apesar de não ser a última Coca-Cola do deserto. Deu-me bom prazer.
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Querem as palavrinhas do costume, não é? Então cá vão elas:
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No nariz notas de ameixa preta em passa (não é seca), especiarias (leve cravinho e um pouco mais notório de pimenta branca), tabaco, madeira de cedro e um certo baunilhado. Na boca mostrou-se elegante, sentindo-se cereja, chocolate amargo e madeira.
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Fazem bem em ainda criarem vinhos à antiga, com tradição… 30 meses em barrica e 36 em garrafa… Vivam os grandes reservas… cambada de maricas, os que não arriscam!
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Origem: Rioja
Produtor: Bodegas Ramón Bilbao
Nota: 7,5/10

quinta-feira, novembro 10, 2011

Quatro Castas 2010

As quatro melhores castas tintas cultivadas na Herdade do Esporão deram origem a este vinho, que se bebe satisfeito. Para que se registe: alfrocheiro, tinta caiada, aragonês e tinta miúda.
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É limpo e de salão. Civilizado, muito macio e guloso. É um alentejano da nova ordem, com suas frutas e veludos.
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Não excita como um Ferrari, não esmaga como um Rolls Royce, mas é fiável como um Mercedes.
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Num jantar de amigos, com alguns vinhos escalados acima, não deixou mal o produtor. Aguentou o embate e foi por isso comentado.
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Origem: Regional Alentejano
Produtor: Esporão
Nota: 6/10
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Nota: Este vinho foi enviado para prova pelo produtor.

terça-feira, novembro 08, 2011

Um brinde para comemorar dez anos do Douro Património da Humanidade

Comemora-se este ano, a 14 de Dezembro, o décimo aniversário da elevação do Douro a Património da Humanidade pela UNESCO. Nesse âmbito, «o Douro apela e convida para um “Brinde a Portugal e aos Portugueses”, no próximo dia 13 de Novembro, data em que se celebra o Dia Europeu do Enoturismo», refere um comunicado da organização da efeméride.
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Os organizadores pretendem «que os portugueses se envolvam num brinde patriótico, com um cálice de Vinho do Porto. A proposta é para que o brinde seja proporcionado, às 13h00 em ponto e em todo o país, pelo maior número de restaurantes, bares, lojas e locais públicos que tenham as condições naturais para tal. A intenção do “Brinde a Portugal e aos Portugueses” é que os portugueses promovam também, em suas casas às 20h00, um brinde à família, aos vizinhos e aos amigos».
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O texto oficial do evento afirma que «esta acção tem por objectivo a recuperação da auto-estima e do orgulho nacionais, utilizando o produto português mais conhecido em todo o mundo, o Vinho do Porto, uma marca com história, assente num convite de raridade, de distinção e de experiência competitiva global, enraizado na cultura, na imagem e nos valores da portugalidade».
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O «Brinde a Portugal e aos Portugueses» tem página no Facebook, através de uma página com o nome da iniciativa, disponível em https://www.facebook.com/pages/Brinde-a-Portugal-e-aos-Portugueses/135792629860488?sk=wall. «Pretende-se que esta seja uma plataforma de divulgação e interacção com os aderentes a este “movimento”. Aqui vai ser lançado, ainda esta semana, um passatempo que convida todos a partilharem fotografias do patriótico brinde de dia 13 de Novembro de 2011, identificando o local do mesmo. Aos promotores dos dez brindes mais criativos será oferecida uma garrafa de Vinho do Porto 10 Anos do IVDP, comemorativa dos 10 anos de Douro enquanto Património Mundial».
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O «Brinde a Portugal e aos Portugueses» é uma iniciativa conjunta que une várias entidades que promovem o Douro e o Vinho do Porto, entre as quais se destacam a Comunidade Intermunicipal do Douro (CIMDOURO), a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), a Estrutura de Missão do Douro (EMD), a Rota do Vinho do Porto (RVP) a Liga dos Amigos Douro Património Mundial (LADPM), a Associação dos Empresários Turísticos do Douro e Trás-os-Montes (AETUR), a Associação  das Empresas de Vinho do Porto (AEVP), a Casa do Douro (CD), a Entidade Regional de Turismo do Douro (ERTD), o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), o Museu do Douro (MD) e a Associação de Empresários de Hotelaria e Turismo do Douro (AE.HTDOURO). «De salientar é também o apoio da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), que desde o primeiro momento se associou a este movimento», conclui o comunicado.

sábado, novembro 05, 2011

Outono de Santar Vindima Tardia 2005

Boa proposta nos tardios. Complexo de nariz e boca. Aromas de pêssego, maçã assada, algum citrino, mel, cravinho e um pouco de canela. Na boca, muita frescura, com as notas de fruta, algumas nuances verdáceas e bastante cravinho. Bom corpo, untuoso, final durável…
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Qual é o senão para não lhe dar mais? O cravinho, que achei excessivo na boca. É especiaria que não me estremece, mas também não me arrelia muito. Todavia, gosto com cautela. Não é por me lembrar da cadeira do dentista, por não sofro desses horrores, é porque me enjoa um pedaço.
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É português e tem botrytis cinerea... o que nem é comum... boa malha!
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Origem: Dão
Produtor: Sociedade Agrícola de Santar
Nota: 6/10

sexta-feira, novembro 04, 2011

.com branco 2010

Chateiam-me os vinhos que têm o ano da colheita escondido. Provavelmente para melhor se aliviarem dos stocks… enfim, adiante, porque não é para isso que aqui estou ou para que alguém cá vem ler-me.
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É ligeiro e fresco, embora não seja o retrato da fonte da juventude. Não desafia, mas cumpre. Está-se bem.
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Origem: Regional Alentejano
Produtor: Tiago Cabaço
Nota: 5/10

quinta-feira, novembro 03, 2011

Encontro com o Vinho e Sabores recebeu 15.000 visitantes e foram entregues prémios a vinhos e cartas

A 12ª edição do Encontro com o Vinho e Sabores, que decorreu de 28 a 31 de Outubro, no Centro de Congressos de Lisboa, recebeu mais de 15.000 visitantes, que degustaram mais de 1.500 vinhos expostos por mais de 350 produtores e empresas participantes, revelou a Revista de Vinhos em comunicado.
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Ao todo registaram-se mais de 2.500 visitas profissionais e foram credenciados para o evento cerca de 100 jornalistas. Durante o Encontro Com o Vinho e Sabores decorreram várias iniciativas paralelas, como provas especiais e degustações de vinhos raros e também demonstrações culinárias «a cargo de prestigiados chefes», refere o comunicado.
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Outra iniciativa integrada no programa foi o concurso de vinhos «Escolha da Imprensa». Todos os anos, a Revista de Vinhos convida um grupo alargado de jornalistas e colaboradores de vários órgãos da comunicação social, entre imprensa televisão e internet, para escolherem os melhores vinhos presentes na feira. Este ano foram 22 os jornalistas jurados a efectuar as escolhas, em prova cega.
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«Grande prémio»:
Espumante: Raposeira Blanc de Blancs Super Reserva 2006 (Caves da Raposeira)
Branco: Cova da Ursa Regional Península de Setúbal Chardonnay 2010 (Bacalhôa)
Tinto: Conde d’Ervideira Private Selection 2008 (Ervideira)
Generoso: Quinta do Noval Porto Tawny 1986 (Quinta do Noval)
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«Escolha da imprensa espumantes»:
Aliança Bairrada Vintage 2007 (Aliança - Vinhos de Portugal)
Condessa de Santar Dão 2009 (Casa de Santar)
Ervideira Alentejo Reserva 2008 (Ervideira)
Murganheira Czar Grand Cuvée rosé 2005
(Sociedade Agr. e Comercial do Varosa)
Murganheira Grande Reserva "Assemblage" 1999
(Sociedade Agr. e Comercial do Varosa)
Murganheira Pinot Blanc Extreme 2005
(Sociedade Agr. e Comercial do Varosa)
Murganheira Vintage 2004
(Sociedade Agr. e Comercial do Varosa)
Raposeira Velha Reserva 2002
(Caves da Raposeira)
Vértice Douro Cuvée Reserva 2008
(Caves Transmontanas)

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«Escolha da imprensa Brancos»:
Carm Douro Reserva 2010 (Casa Agrícola Reboredo Madeira)
Casal de Santa Maria Regional Lisboa Reserva 2010 (Adraga)
Malhadinha Regional Alentejano 2010
(Herdade da Malhadinha Nova)
Pêra Manca Alentejo 2009 (Fundação Eugénio de Almeida)
Quinta da Fonte do Ouro Dão Reserva 2010
(Sociedade Agrícolas Boas Quintas)
Quinta de La Rosa Douro 2010 (Quinta de La Rosa)
Quinta do Cardo Beira Interior Síria 2010
(Companhia das Quintas)
Quinta do Pinto Regional Lisboa Edition Limited 2010
(Quinta do Pinto)
Rozés Douro Noble Late Harvest 2009 (Rozés)
Senses Alvarinho Regional Alentejano 2010
(Adega de Borba)
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«Escolha da imprensa tintos»:
Casa da Passarela Dão Reserva 2008 (O Abrigo da Passarela)
Monsaraz Millennium Alentejo 2010
(CARMIM–Coop. Agr. de Reguengos de Monsaraz)
Outeiro Regional Alentejano 2009 (Terras de Alter)
Quatro Caminhos Reg. Alentejano Reserva  2009
(Casa Agrícola HMR)
Quinta da Costa das Aguaneiras Douro 2008
(Lavradores de Feitoria)
Quinta da Fronteira Douro Reserva 2009
(Companhia das Quintas)
Quinta das Marias Dão Touriga Nacional Reserva 2009
(Peter Viktor Eckert)
Quinta do Espírito Santo Regional Lisboa Reserva 2008
(Casa Santos Lima)
Vale do Tua Douro 2008 (Casa Agrellos)
Valle Pradinhos Regional Transmontano 2007
(Maria Antónia Pinto de A. Mascarenhas)
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«Escolha da imprensa generosos»:
Bacalhôa Moscatel de Setúbal Roxo 2000 (Bacalhôa)
Barros  Porto Tawny 30 years old (Sogevinus Fine Wines)
Burmester Porto White 40 years old (Sogevinus Fine Wines)
Cálem Tawny colheita 1961 (Sogevinus Fine Wines)
Kopke Porto colheita 1951 (Sogevinus Fine Wines)
Quinta do Grifo Porto Vintage 2009 (Rozés)
Quinta do Noval Porto Vintage 2008 (Quinta do Noval)
Rozés Porto Menina White 10 anos (Rozés)
Vista Alegre White Medium Dry Porto 10 years Old (Vallegre)
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O júri foi constituído pelos seguintes jornalistas: 
António dos Santos Mota (Escanção)
André Quiroga (freelancer)
Anibal Coutinho (DN / JN)
António Mendes Nunes (Jornal i)
Edgardo Pacheco (Sábado)
Fernando Melo (Revista de Vinhos)
João Afonso (Revista de Vinhos)
João Barbosa (free lancer e blogger)
João Paulo Martins (Revista de Vinhos)
José Miguel Dentinho (Exame)
Luís Antunes (Revista de Vinhos)
Manuel Moreira (Escanção)
Marco Moreira da Silva (Jornal de Vinhos)
Maria Helena Duarte (Wine Passion)
Maria João Almeida (www.mariajoaoalmeida.com)
Miguel Pires (Diário Económico)
Nuno Oliveira Garcia (blogger)
Paulo Amado (Intermagazine)
Paulo Salvador (TVI)
Pedro Gomes (Nova - Crítica Vinhos)
Rui Falcão (Critico de vinhos)
Vicente Themudo de Castro (Jornal Oje)
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Foram ainda revelados os resultados do III Concurso Nacional de Carta de Vinhos, uma iniciativa da Revista de Vinhos em colaboração com a distribuidora PrimeDrinks, em que foram distinguidos os restaurantes de todo o país que apresentaram a melhor carta de vinhos em várias categorias a concurso.
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«Melhor carta de vinho a copo»:
1º Beef & Wines – Funchal
2º Casa Arouquesa – Repeses (Viseu)
3º Come – Alcabideche
Menções honrosas: Artemisia (Porto), La Ricotta (Porto), Quarenta e Quatro (Matosinhos) e Shis (Porto).
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«Melhor carta regional»:
1º Cais da Vila (Vila Real)
2º Casa Arouquesa – Repeses (Viseu)
3º DOC – Folgosa (Armamar)
Menções honrosas: Beef & Wines (Funchal), Castas & Pratos (Régua) e Dom Joaquim (Évora).
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«Melhor relação qualidade / preço»:
1º Tasca do Joel – Peniche
2º Taberna da Adélia – Nazaré
3º Casa Matos – Salreu (Estarreja)
Menções honrosas: .Come (Alcabideche), Hemingway (Cascais), Quo Vadis (Matosinhos) e Toca da Raposa (Ervedosa do Douro)
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«Melhor carta de vinhos»:
1º The Yearman – Vila Nova de Gaia
2º Romando – Árvore (Vila do Conde)
3º Casa Arouquesa – Repeses (Viseu)
3º Ocean – Porches
Menções honrosas: Bocca (Lisboa), DOP (Porto), Les Faunes (Funchal), Maison Andaluz (Cascais), Quinta de São Luís (Pereira – Coimbra), Pedro Lemos (Porto) e Sem Dúvida (Lisboa)