A firma Poças Júnior é quase centenária (2018), familiar e
portuguesa. À frente dos negócios está a quarta geração. É uma casa conhecida
pelos Vinhos do Porto da família tawny, mas hoje apresenta também vintage e não
produz apenas fortificados.
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A Poças investiu numa campanha artística, com o escultor Luís Mendonça. Quem quiser ver os trabalhos basta clicar aqui.
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A Poças investiu numa campanha artística, com o escultor Luís Mendonça. Quem quiser ver os trabalhos basta clicar aqui.
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A gama compõe-se por quatro marcas do Douro (sete
referências – Coroa d’Ouro, Poças Reserva, Vale de Cavalos e Símbolo) e só uma
de Porto (17 referências – Poças). Jorge Manuel Pintão, elemento desta quarta
geração, dirige a enologia da Poças Júnior, à qual integra também André
Barbosa.
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O Coroa d’Ouro 2015 tem aroma delicado, juntando ao citrino o
floral notas térreas. Na boca é fresco e boa estrutura. É para ir para a mesa.
As uvas vêm de duas origens: São João da Pesqueira (Cima Corgo) e Numão (Douro
Superior). As castas são códega, malvasia fina, moscatel galego, rabigato e
viosinho. O vinho fez-se exclusivamente em cubas de inox.
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O Poças Reserva Branco 2015 é um vinho mas complexo. Olfactivamente
tem gulodice, não sendo doce, notas fumadas. Não é exuberante. Na boca está bem
acima, com frescura, gordura e final longo. É obrigatório sentá-lo à mesa.
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Não posso dizer muito sobre o Vale de Cavalos 2015. Quando o
provei estava jovem. Dá indicações positivas, com acidez, mas foi cedo. Fez-se
com as «obrigatórias» tinta barroca, touriga franca e touriga nacional. A firma
agendou o lançamento para 2017.
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O Símbolo 2015 é um típico Douro e com as feições que mais
gosto. Fez-se com as típicas tinta barroca, tinta roriz, touriga franca,
touriga nacional. O vinho estagiou 18 meses em barricas de carvalhos americano
e francês. Gosto das ervas secas, uma pitada de lenha de azinho, tabaco louro e
uma suave ginja. Tem óptima estrutura, final duradouro e frescura, prometendo
viver bom tempo em garrafa.
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Eis chegado à grande especialidade da casa, Porto da família
tawny. É o Poças Colheita 2001, filho de Ervedosa do Douro (Cima Corgo) e Numão
(Douro Superior), com as uvas tinta barroca, tinta roriz, tinto cão, touriga
franca e touriga nacional. Guarda a razão por que o Vinho do Porto tem o
carisma que tem. Muito rico de aroma e extraordinário na boca.
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Coroa d’Ouro 2015
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Produtor: Poças Júnior
Origem: Douro
Nota: 5,5/10
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Poças Reserva Branco 2015
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Produtor: Poças Júnior
Origem: Douro
Nota: 6,5/10
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Símbolo 2015
Produtor: Poças Júnior
Origem: Douro
Nota: 8/10
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Poças Colheita 2001
Produtor: Poças Júnior
Origem: Porto
Nota: 9/10