sexta-feira, julho 08, 2016

Adega de Borba Branco 2015 + Adega de Borba Rosé 2015 + Adega de Borba Tinto 2014

Uma característica que valorizo (muito) é a fiabilidade. Dou-lhe mais atenção do que ao preço. Quem me costuma ler sabe que me recuso a estabelecer decretos acerca do que é a relação entre a qualidade e o preço – a disponibilidade financeira, o limite pessoal do aceitável, o que se valoriza (nariz e boca) e o traquejo enófilo variam de pessoa para pessoa. Assim, não se pode estabelecer uma conclusão.
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Ao contrário pode estabelecer-se um quadro de fiabilidade. Uma referência vínica que oscila em qualidade não é segura – não me refiro às especificidades de cada ano. Essas têm de ser tidas em conta, mas o sufrágio deve fazer-se pelo que se entende do trabalho que se realizou.
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Os vinhos da Adega de Borba têm essa consistência. Sei que ao comprar não me irá desiludir, não é uma lotaria. Isto deve-se a quem trabalha a viticultura dos muitos associados desta casa e a quem assina o trabalho de enologia.
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Óscar Gato é o homem dos tubos de ensaio, das análises, das milhentas provas que um vinho necessita antes de ser dado como concluído e engarrafado. Tem ainda mais um peso nas costas: a quantidade. Este enólogo não faz duas barricas ou 7.000 litros. Tem de saber muito para garantir uma qualidade regular e consistente em toda a gama.
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A gama dos Adega de Borba é já clássica. Vários anos de público e com sucesso. Vinhos descomplicados e fáceis (no melhor da expressão).
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O branco é descontraído, muito competente para as comidas que apetecem no Verão e amigo de convívio sem preocupações, em conversas de férias. O problema não é um problema, apenas não sou apreciador da casta antão vaz. Ainda assim, o arinto e a roupeiro compõem o retrato.
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O rosado insiste em agradar-me. É absolutamente vinho para férias. Podendo acompanhar comida, penso que o mais indicado é mesmo quando se está despreocupado, com as pernas esticadas numa cadeira longa, música chill out (perdõem-me o anglicismo, mas não encontro correspondente) e amigos. Fez-se com aragonês e syrah.
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O tinto é um vinho aveludado, que corresponde às espectativas de quem aprecia os néctares alentejanos, com a gulodice dos frutos vermelhos. Fez-se com as castas alicante bouschet, aragonês e trincadeira.
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Adega de Borba Branco 2015
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Origem: Alentejo
Produtor: Adega de Borba
Nota: 5,5/10
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Adega de Borba Rosé 2015
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Origem: Alentejo
Produtor: Adega de Borba
Nota: 6/10
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Adega de Borba Tinto 2014
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Origem: Alentejo
Produtor: Adega de Borba
Nota: 6/10
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Nota: Estes vinhos foram enviados para prova pelo produtor.

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