Não é o Mambo nº 5, de Lou Bega… é o Gin nº 3, da Berry Bros’ & Rudd. Pretende competir com o Hendricks e o Bombay’s Sapphire… tal como esses, é bom pra chu-chu.
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Ando há um horror de dias para escrever sobre este destilado de zimbro, mas a preguiça e qualquer outra coisinha têm-me demovido da nobre tarefa ginzar um texto. Então cá vai.
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Além, das bagas de zimbro, o Gin nº 3 resulta da destilação de casca de laranja, casca de toranja, sementes de coentros, cardamomo e raiz de angélica, uma planta que nunca ouvira falar, mas que, pelos vistos, existe mesmo e não tem sinónimo em português. Sempre a aprender.
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O aroma é extremamente agradável, com uma simpática envolvência dos componentes. O que não sabia, mas também fiquei a saber, é que as bagas de sabugueiro cheiram a estrebaria… não é bem bosta, mas estrebaria limpa… Não é apenas este gin, são todos! Todos derivam da destilação das continhas pretas.
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Os componentes transmitem uma sensação de grande frescura, cítricas, com notas picantes e um final sui generis da angélica. Esta casa, fundada em 1698, sugere para o gin tónico a água tónica da Schwepps e, em vez duma rodela de limão, apenas uma casquinha.
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O nome do gin resulta do número da porta da Berry Bros’ & Rudd, na St. James Street, de Londres.