Apesar da crise da região, Colares ainda vai dando ao mundo e às bocas belas coisinhas. Têm-me chegado aos ouvidos notícias de que os Colares Chitas não andam grande coisa. Pois talvez não estejam ao nível do que já foram e eu não tenho idade para ter memória, porém este de 1992 achei-o muito bem. Bebi-o relativamente jovem e estava, é claro, capaz de aguentar muitos anos, na boa tradição dos Colares. Bateu-se bem com pratos companeiros tradicionais: bacalhau (pataniscas e pastéis).
Região: Colares
Produtor: António Bernardino Paulo da Silva
Teor alcoólico: 11%
Nota: 7/10
a garrafeira do infotocopiável. mim ninguém me vinifica!... e a opinião é assumidamente subjectiva.
domingo, março 25, 2007
Poeira 2001
A perfeição ou a quase perfeição rouba palavras. Há muito mais a dizer quando se tem alguma coisa a criticar. Deste vinho não há muito a dizer: É fabulástico. Não me apetece dizer mais nada. Seria poluí-lo.
Região: Douro
Produtor: Jorge Nobre Moreira
Teor alcoólico: 13%
Nota: 9/10
Região: Douro
Produtor: Jorge Nobre Moreira
Teor alcoólico: 13%
Nota: 9/10
sexta-feira, março 23, 2007
Morgado da Canita 2004
Este não é, claramente um grande tinto nem um tinto de excelência. É um tinto que não envergonha, que vai para o mercado a preço cordato. É um dos chamados vinhos de combate, daqueles que vencem pela relação entre a qualidade e o preço, que têm de se apresentar em meias garrafas. Devo dizer que no padrão da gama é dos melhores que tenho tragado. É honesto.
Região: Regional Alentejano
Produtor: Casa Agrícola Santos Jorge
Teor alcoólico: 13,5%
Nota: 4/10
Região: Regional Alentejano
Produtor: Casa Agrícola Santos Jorge
Teor alcoólico: 13,5%
Nota: 4/10
domingo, março 18, 2007
Paço dos Cunhas de Santar Vinha do Contador 2004
Este é um branco que vai bem com peixes pesados e gordos e com carnes menos robustas. Tem um nariz com fruta madura e é bem gordo e macio. Tem classe.
Região: Dão
Produtor: Paço de Santar
Teor alcoólico: 12,5%
Nota: 7/10
Região: Dão
Produtor: Paço de Santar
Teor alcoólico: 12,5%
Nota: 7/10
La Chablisienne 2005
Não sendo o melhor Chablis até agora tragado, o La Chablisienne mostrou-se todo ele digno da denominação e bem dotado de encanto. Fino, elegante, com os poderes mágicos que se exigem a estes borgonheses.
Região: Chablis
Produtor: SCA La Chablisienne
Teor alcoólico: 12,5%
Nota: 6/10
Região: Chablis
Produtor: SCA La Chablisienne
Teor alcoólico: 12,5%
Nota: 6/10
Terra de Lobos - Castelão Cabernet Sauvignon 2003
É um vinho onde parece que as coisas não batem certo. Será que são as castas que andam à luta? pareceu-me rústico... Ao mesmo tempo entediante e aborrecido. No entanto, há que elogiar a ausência do aroma a pimentão e do sabor impositivo da casta cabernet... porém, a coisa não me pareceu resultar.
Região: Regional Ribatejano
Produtor: Casal Branco
Teor alcoólico: 13,5%
Nota: 3,5/10
Região: Regional Ribatejano
Produtor: Casal Branco
Teor alcoólico: 13,5%
Nota: 3,5/10
Riscal Tempranillo 2004
Casa dos Herderos de Marqués de Riscal é mais conhecida pelos seus vinhos de Rioja e seguidamente de Rueda, mas a empresa estende a sua actividade também a Castela-Leão, donde provém este tinto. Sabe-se que em Espanha várias regiões e muitas adegas se têm voltado para o mercado, mostrando-se atentas às novas tendências, ao perfil dos novos consumidores e às setas indicativas do novo mundo. A Marquès de Riscal tem neste vinho um produto popular e jovem, o que não quer dizer que seja bom ou interessante, mas também não implica que seja mau ou desinteressante. Quanto a mim, acho apenas que não atrasa nem adianta. De facto não é mau, mas também não é interessante.
Região: Castilla y Léon
Produtor: Herderos de Marqués de Riscal
Teor alcoólico: 14%
Nota: 4/10
Região: Castilla y Léon
Produtor: Herderos de Marqués de Riscal
Teor alcoólico: 14%
Nota: 4/10
Campolargo Arinto 2005
É um vinho bem vivo, vegetal e frutado, com apenas a lamentar um certo prolongamento açucarado que deixa na boca. É elegante e merece aplauso.
Região: Bairrada
Produtor: Manuel dos Santos Campolargo
Teor alcoólico: 13,5%
Nota: 7,5/10
Região: Bairrada
Produtor: Manuel dos Santos Campolargo
Teor alcoólico: 13,5%
Nota: 7,5/10
Campolargo Bical 2005
Este é um vinho fermentado em madeira e que resulta muito fino e elegante, com uma bela fruta e aroma muito agradável. Não tenho muitas palavras para o definir, sendo que é um dos meus brancos favoritos.
Região: Bairrada
Produtor: Manuel dos Santos Campolargo
Nota: 8,5/10
Região: Bairrada
Produtor: Manuel dos Santos Campolargo
Nota: 8,5/10
Frei João Reserva 1991
É uma pena os vinhos da Bairrada andarem tão fora de moda. Na verdade não merecem. A casta baga bem dominada e o estágio em garrafa fazem vinhos únicos. Que belo prazer me deu e que saudades me matou. Estava elegante, em grande forma, mostrando que poderia aguentar-se por mais uns anos.
Região: Bairrada
Produtor: Caves São João
Nota: 6/10
Região: Bairrada
Produtor: Caves São João
Nota: 6/10
Herdade dos Lagos Syrah Reserva 2004
Serviram-me este vinho, porque (parece) que ando com fama de querer experimentar sempre vinhos diferentes, e este foi-me apresentado como raridade em Lisboa e, mesmo, Portugal, pois ao que parece tem os mercados internacionais como quase único destino. Este faz-se em Mértola e conta com uns potentes 15 graus de álcool. Contudo não se dá por eles, pois servido à temperatura regulamentar nada de embate alcoólico foi notado. No nariz notou-se fruta sem exuberância e toque abaunilhado, na boca é macio e elegante. Para quem o bebe tem lá o sabor dos tintos alentejanos e um forte perfil internacional. Aliás, estas duas características são, para mim, os seus defeitos: não tem nada de novo, é uma citação de sabor e temperamento.
Região: Regional Alentejano
Produtor: Herdade dos Lagos
Teor alcoólico: 15%
Nota: 6/10
Região: Regional Alentejano
Produtor: Herdade dos Lagos
Teor alcoólico: 15%
Nota: 6/10
Grilos 2005
Por vezes não há nada como o sucesso para estragar um vinho ou uma marca. No Dão existia uma marca que punha no mercado um vinho popular, a preços simpáticos e com uma belíssima qualidade. Tornei-me a adepto e recomendei-o fartamente, comprando-o igualmente. Eu, que me assumo como negligente da relação qualidade e o preço, referi bastamente, a existência dessa relação nesse dito vinho: o Quinta dos Grilos, que, ano após anos, foi habituando os consumidores a uma boa qualidade.
O sucesso da marca ditou que a produção da Quinta dos Grilos fosse insuficiente para abastecer as necessidades. O mercado gostou dos Grilos e as vides da quinta tornaram-se insuficientes para abastecer a procura. Daí que os seus responsáveis tivessem de procurar fora de portas uvas para satisfazer a procura, o que não tem mal algum.
A primeira consequência é que como deixou de ser um vinho de quinta, a marca perdeu o direito a ostentar o vocábulo. Paciência, não é problema. Não tem mal, desde que a qualidade esteja à altura. O problema é que não está. Nâo sequer duvido do rigor do trabalho nem do esforço, mas é óbvia a diferença qualitativa dos Grilos de 2005 para os Quinta dos Grilos de anos anteriores.
Pode argumentar-se que em vinhos populares não é suposto ter-se um padrão de qualidade tão alto ou que a qualidade deste Grilos está ao nível dos seus concorrentes ou até acima. Pode ser, mas o facto é que nos anos anteriores era bem melhor. Está bebível, mas muito abaixo face ao que era. É pena!
Região: Dão
Produtor: Sociedade Agrícola de Casal da Tonda
Teor alcoólico: 13%
Nota: 3/10
O sucesso da marca ditou que a produção da Quinta dos Grilos fosse insuficiente para abastecer as necessidades. O mercado gostou dos Grilos e as vides da quinta tornaram-se insuficientes para abastecer a procura. Daí que os seus responsáveis tivessem de procurar fora de portas uvas para satisfazer a procura, o que não tem mal algum.
A primeira consequência é que como deixou de ser um vinho de quinta, a marca perdeu o direito a ostentar o vocábulo. Paciência, não é problema. Não tem mal, desde que a qualidade esteja à altura. O problema é que não está. Nâo sequer duvido do rigor do trabalho nem do esforço, mas é óbvia a diferença qualitativa dos Grilos de 2005 para os Quinta dos Grilos de anos anteriores.
Pode argumentar-se que em vinhos populares não é suposto ter-se um padrão de qualidade tão alto ou que a qualidade deste Grilos está ao nível dos seus concorrentes ou até acima. Pode ser, mas o facto é que nos anos anteriores era bem melhor. Está bebível, mas muito abaixo face ao que era. É pena!
Região: Dão
Produtor: Sociedade Agrícola de Casal da Tonda
Teor alcoólico: 13%
Nota: 3/10
Quinta do Monte d'Oiro - Aurius 2002
Muito elegante e um pouco floral. Eu que gosto de vinho bem elegantes, este não me seduziu por aí além. Confesso que não me encaixo bem na boca, certamente pelo excessivo maneirismo e perfil internacional. Não será defeito, mas feitio. Contudo, é um belo vinho!
Região: Regional Estremadura
Produtor: José Bento dos Santos - Quinta do Monte d'Oiro
Teor alcoólico: 14%
Nota: 6/10
Região: Regional Estremadura
Produtor: José Bento dos Santos - Quinta do Monte d'Oiro
Teor alcoólico: 14%
Nota: 6/10
Adega Cooperativa de Borba Syrah 2004
Este tinto mostrou-se bem mais agradável enquanto se debateu com comida do que acompanhou o convívio e a conversa. Mal se levantaram os pratos tornou-se fatigado, aborrecido e chato. Tem algumas notas de fruta e de compota sem exuberância. Na boca falta-lhe elegância.
Região: Regional Alentejano
Produtor: Adega Cooperativa de Borba
Teor alcoólico: 14%
Nota: 3,5/10
Região: Regional Alentejano
Produtor: Adega Cooperativa de Borba
Teor alcoólico: 14%
Nota: 3,5/10
domingo, março 11, 2007
Calda Bordaleza 2004
Este é um tinto que pouco tem que ver com os velhos bairradas da casta baga. Este faz-se maioritariamente de cabernet sauvignon, depois tem uma boa dose de merlot e petit verdot compõe o ramalhete. É um vinho que, como o nome indica, é feito à moda de Bordéus.
O facto de não ser um tradicionalista e evocar outras paragens não é, à partida, uma virtude, mas também não é uma desvantagem. É o que é. Por mim vale a pena bebê-lo, é bem prazenteiro. O único senão deste vinho é o embate no nariz, que não é simpático. Tudo o mais é elegância.
Região: Bairrada
Produtor: Manuel dos Santos Campolargo
Nota: 7/10
O facto de não ser um tradicionalista e evocar outras paragens não é, à partida, uma virtude, mas também não é uma desvantagem. É o que é. Por mim vale a pena bebê-lo, é bem prazenteiro. O único senão deste vinho é o embate no nariz, que não é simpático. Tudo o mais é elegância.
Região: Bairrada
Produtor: Manuel dos Santos Campolargo
Nota: 7/10
sexta-feira, março 02, 2007
Altano Reserva 2003
Quem me conhece sabe que estou marimbando-me para a relação entre a qualidade e o preço. Pura e simplesmento não quero saber. Das duas uma: ou tenho dinheiro para a coisa que quero e compro-a ou não tenho e esqueço-a. Se a tenho, aprecio-a, desfruto-a e, eventualmente, lamento depois de provada. Se não a tenho, nem quero saber.
Vem toda esta introdução, porque recomendei e recomendarei muitas vezes o Altano a quem aprecia as boas relações entre a qualidade e o preço e também não gosta de gastar muito dinheiro com um vinho. Vem esta introdução a propósito de, por ter gostado do modesto Altano, ter oferecido o Altano Reserva, mesmo arriscando sem provar. Vem toda esta introdução a propósito de tanto assim ser que o meu amigo Paulo Rosendo (parceiro no blogue A Adega - ele vai perdoar-me... não sei se os amigos me perdoarão) me ter oferecido o Altano Reserva.
Ora que tal é este Altano Reserva 2003? No nariz é vegetal com uma leve nota frutada... num primeiro embate é tascoso, até vem um certo golpe alcoólico, que é desnecessário. Na boca é uma desilusão. É chatíssimo! É aborrecidíssimo, bocejante, entediante.
Garanto que é inversamente proporcional ao irmão mais modesto. Enquanto o singelo Altano merece todos os poucos euros que se paga por ele, este não vale a diferença. Nem só pela relação entre a qualidade e o preço. Este deveria ser mais barato do que o outro.
Região: Douro
Produtor: Symington Family Estates
Teor alcoólico: 13,5%
Nota: 2,5/10
Vem toda esta introdução, porque recomendei e recomendarei muitas vezes o Altano a quem aprecia as boas relações entre a qualidade e o preço e também não gosta de gastar muito dinheiro com um vinho. Vem esta introdução a propósito de, por ter gostado do modesto Altano, ter oferecido o Altano Reserva, mesmo arriscando sem provar. Vem toda esta introdução a propósito de tanto assim ser que o meu amigo Paulo Rosendo (parceiro no blogue A Adega - ele vai perdoar-me... não sei se os amigos me perdoarão) me ter oferecido o Altano Reserva.
Ora que tal é este Altano Reserva 2003? No nariz é vegetal com uma leve nota frutada... num primeiro embate é tascoso, até vem um certo golpe alcoólico, que é desnecessário. Na boca é uma desilusão. É chatíssimo! É aborrecidíssimo, bocejante, entediante.
Garanto que é inversamente proporcional ao irmão mais modesto. Enquanto o singelo Altano merece todos os poucos euros que se paga por ele, este não vale a diferença. Nem só pela relação entre a qualidade e o preço. Este deveria ser mais barato do que o outro.
Região: Douro
Produtor: Symington Family Estates
Teor alcoólico: 13,5%
Nota: 2,5/10
quinta-feira, março 01, 2007
Sinal Vermelho
Rua das Gáveas, 89 (Bairro Alto)
Telefone: 21 346 12 52
Das muitas vezes que ali fui vou apenas narrar a minha última incursão, porque é ilustrativa na qualidade do serviço e dos pratos.
O Sinal Vermelho é um restaurante popular, de gastronomia portuguesa, sem armar ao pingarelho e sem espalhafatos desnecessários. A casa é limpa e, felizmente, tem a decência de ter a cozinha resguardada, por forma que ninguém sai a cheirar a comida. O serviço sempre foi correcto e atento. A decoração é popular, com a sala decorada a azulejos a meia parede; não é um espanto, antes pelo contrário. Paga a conta, o cliente não se sente abusado e tem a barriga e a gula satisfeita. E como popular não significa alarve, ali não há a moda de se pôr uma travessa frente ao cliente a fazer de prato. Um prato continua a ser um objecto redondo.
Nesta minha última vez vieram uns filetes de chocos panados, que estavam muito frescos e saboros, acompanhados com arroz de feijão, que poderia estar mais saboroso. A culpa está na escolha do arroz. Aqui caiu-se no arroz agulha, que se presta pouco à gastronomia portuguesa e pouco dado a absorver os sabores. Este é pois um aspecto a modificar.
Depois veio rim, que é um prato de risco! Ou se sabe fazer ou o comensal está a comer análises à urina. A prova foi mais do que ultrapassada. Vinte valores. Os rins vieram com ovos mexidos, arroz e couve. Aqui só se lamentou o arroz, pela mesma razão e que desta feita acresceu estar encruado.
Quanto ao vinho há a dizer coisas boas e uma menos boa. A negativa é o costume: o preço. As boas são a variedade e a presença de uma escolha qualitativa. Há uma oferta de brancos melhor do que é hábito em restaurantes deste patamar e uma gama de tintos de qualidade mais vasta e a preços mais simpáticos também de referenciar. Quem quiser beber um bom vinho consegue encontrá-lo e a preço relativamente acessível. Ou seja, os vinhos mais baratos estão puxados para cima, enquanto os melhores não estão assim tão encarecidos, o que pode fazer pender a escolha para os mais nobres.
Uma refeição com couvert, prato, vinho, sobremesa e café situa-se entre os 25 e os 30 euros. Dadas as circunstâncias e tendo em conta concorrentes do mesmo patamar, parece-me que o Sinal Vermelho é uma escolha absolutamente acertada.
Nota: Ora depois de eu ter escrito este texto a loiça da casa foi mudada e, lamentavelmente, foi adoptada para serventia as malditas travessas em vez de pratos. Há maus hábitos que se pegam!
Telefone: 21 346 12 52
Das muitas vezes que ali fui vou apenas narrar a minha última incursão, porque é ilustrativa na qualidade do serviço e dos pratos.
O Sinal Vermelho é um restaurante popular, de gastronomia portuguesa, sem armar ao pingarelho e sem espalhafatos desnecessários. A casa é limpa e, felizmente, tem a decência de ter a cozinha resguardada, por forma que ninguém sai a cheirar a comida. O serviço sempre foi correcto e atento. A decoração é popular, com a sala decorada a azulejos a meia parede; não é um espanto, antes pelo contrário. Paga a conta, o cliente não se sente abusado e tem a barriga e a gula satisfeita. E como popular não significa alarve, ali não há a moda de se pôr uma travessa frente ao cliente a fazer de prato. Um prato continua a ser um objecto redondo.
Nesta minha última vez vieram uns filetes de chocos panados, que estavam muito frescos e saboros, acompanhados com arroz de feijão, que poderia estar mais saboroso. A culpa está na escolha do arroz. Aqui caiu-se no arroz agulha, que se presta pouco à gastronomia portuguesa e pouco dado a absorver os sabores. Este é pois um aspecto a modificar.
Depois veio rim, que é um prato de risco! Ou se sabe fazer ou o comensal está a comer análises à urina. A prova foi mais do que ultrapassada. Vinte valores. Os rins vieram com ovos mexidos, arroz e couve. Aqui só se lamentou o arroz, pela mesma razão e que desta feita acresceu estar encruado.
Quanto ao vinho há a dizer coisas boas e uma menos boa. A negativa é o costume: o preço. As boas são a variedade e a presença de uma escolha qualitativa. Há uma oferta de brancos melhor do que é hábito em restaurantes deste patamar e uma gama de tintos de qualidade mais vasta e a preços mais simpáticos também de referenciar. Quem quiser beber um bom vinho consegue encontrá-lo e a preço relativamente acessível. Ou seja, os vinhos mais baratos estão puxados para cima, enquanto os melhores não estão assim tão encarecidos, o que pode fazer pender a escolha para os mais nobres.
Uma refeição com couvert, prato, vinho, sobremesa e café situa-se entre os 25 e os 30 euros. Dadas as circunstâncias e tendo em conta concorrentes do mesmo patamar, parece-me que o Sinal Vermelho é uma escolha absolutamente acertada.
Nota: Ora depois de eu ter escrito este texto a loiça da casa foi mudada e, lamentavelmente, foi adoptada para serventia as malditas travessas em vez de pratos. Há maus hábitos que se pegam!
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