quinta-feira, agosto 17, 2006

Cortes de Cima Reserva 2003 tinto

Mal o provei notei algo de extraordinário e depois fui sentindo-o evoluir fantasticamente. É um belo vinho com todo o carácter do Alentejo e que dá muito prazer a quem aprecia os tintos da planície. Apesar dos seus 14,5% de álcool, este tinto é duma suavidade e equilíbrio notáveis. Este vinho faz-se com as uvas syrah (42%), aragonês (39%) e touriga nacional (19%).

Nota: 6,5/10
Origem: Regional Alentejano
Produtor: Hans Kristian Jorgensen - Cortes de Cima

Casa Burmester Reserva 2004

Aqui está um tinto que eu tinha esquecido completamente... não sei como foi possível! Não me tinha esquecido do prazer nem do seu sabor, mas que tinha uma garrafa guardada cá em casa. No outro dia estiveram de visita uns franceses amigos de amiga e abri-a. Espantei-os com ela e o Douro encantou-os!
Já sabiam que Portugal produz vinhos, mas da bebida conheciam os Portos e os Madeira. O contacto com os vinhos de pasto fez-se com o Douro e a região deixou-os impressionados... com este tinto robusto, cheio em frutos vermelha maduros e especiarias, com taninos presentes, um final longo e todo ele bem equilibrado. Gostei!... e eles adoraram!

Nota: 7/10
Origem: Douro
Produtor: J. W. Burmester & Cª (Sogevinus)

Herdade de Torais rosé 2005

Este não se encontra no mercado! Sou um homem feliz por beber uma raridade! Está bem, não é uma exclusividade de finura notável, mas é um belíssimo rosado produzido em Montemor-o-Novo e obra do enólogo Diogo Campilho.
Este não se encontra no mercado, mas o de 2006 talvez conheça as prateleiras comerciais e se acontecer ser tão bom ou melhor do que o de 2005 temos obra! Tem fruta sem enjoo, em belo equilíbrio e refresco. O vinho de 2005 está de se lhe tirá o chapéu e enquanto não bebi as garrafinhas que tinha não descansei. É um rosé muito guloso e apetecível.

Nota: 5/10
Origem: Regional Alentejano
Produtor: Herdade de Torais

quarta-feira, agosto 09, 2006

Casa da Atela Sauvignon 2005

A casta sauvignon blanc está na moda e contra isso pouco ou nada há a fazer. Acontece que não vou à bola com a fruta tropical e ainda menos no vinho. Acontece que esta cepa é proveitosa para quem quer extrair fruta exótica das uvas. Felizmente, para mim, o Casa da Atela Sauvignon é atinado e nada exuberante na manga e o maracujá está ausente ou, quanto muito, bem disfarçado. O vinho deixou-se beber com agrado e fluidez, tendo-lhe a apontar a antipadia da casta, mas isso não é defeito, é feitio.

Nota: 4/10
Origem: Regional Ribatejano
Produtor: Sociedade Agrícola da Grouxa e Atela

Torre da Trindade 2005

Quem vê caras não vê corações, que é como quem diz: olhar um rótulos não é provar. Abri a garrafa um pouco desconfiado, mas cedo dei a mão à palmatória. Este branco é um vinho escorreito e fácil, que se deixa ir alegremente com a sua fruta madura sem exagero. Não será o mais entusiasmante branco que provei, mas é um vinho honesto e franco e sem vaidades. Só por isso vale recomendação e repetição.

Nota: 5/10
Origem: Ribatejo DOC
Produtor: Sociedade Agrícola da Grouxa e Atela

domingo, agosto 06, 2006

Quinta da Bacalhôa 2002

Há muito tempo que não bebia um Quinta da Bacalhôa e devo confessar que tinha saudades da elegância deste vinho... trouxe-me memórias felizes. Este vinho pouco tem a ver com os que se fazem na zona de Azeitão e as uvas da casta castelão não entram no seu lote. O Quinta da Bacalhôa faz-se com cabernet sauvignon (90%) e merlot (10%), o que pode explicar as suas notas apimentadas e mentoladas.
A ver se me lembro de o beber mais vezes...

Nota: 6,5/10
Origem: Vinho Regional Terras do Sado
Produtor: Bacalhôa Vinhos