Porem-me a gostar dum vinho com antão vaz é feito. Este
compadri tein-ín e nã me fez muito mali.
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A Adega de Borba tem vindo a mostrar uma grande consistência
nos seus vinhos. Ser-se regular não é bom nem é mau, pois pode ser as duas
coisas. Pois a Adega de Borba tem vindo a mostrar uma bela regularidade e com
tendência crescente.
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Já se sabe que vai levar uma aparadela por causa do antão
vaz – lamento, a casta complica-me com o olfacto e o paladar. Convém dizer que
está amparada pelas outras que compõem o lote: arinto, verdelho e alvarinho.
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A ficha técnica não especifica a percentagem de cada uma das
castas, mas a frescura deve muito à arinto. O verdelho tempera muito bem, a
alvarinho dá gulodice...
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É um vinho frutado, mas não é a cesta da fruta. Maçã granny
smith, notas de banana, abacaxi, pêssego (julgo que vem da alvarinho) podia ser
mais moderado. Não escrevi nos meus apontamentos, mas quando agora escrevo
vem-me à cabeça uma passagem de melão... pôs que nã sê.
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Resultado harmonioso, prazenteiro na boca. Vinho para todo o
ano.
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Conforme os princípios assumidos, em que a apreciação é
assumidamente subjectiva e obedecendo apenas ao meu gosto pessoal, mas não pretende
penalizar, só porque não gosto, vinhos que outros poderão considerar acima... a
minha nota final estará meio ponto a um ponto abaixo do que merecia o vinho se
fosse menos narcisista e cioso das minhas preferências. Não é preciso ser-se
bruxo... antão vaz.
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Origem: Alentejo
Produtor: Adega de Borba
Nota: 6,5/10
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