sexta-feira, outubro 13, 2017

Moscatel de Setúbal de 1911

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Por um Moscatel de Setúbal de 1911 vendo a alma ao Diabo. Mas não a entrego, para que me pague o dobro e assim possa sentir esse vinho, mas ido e regressado além do paralelo do Equador.
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O Navio Escola Sagres levou um casco desse vinho, um de Bastardinho de 2011 e um Moscatel de Setúbal de 2016 – todos da firma José Maria da Fonseca. O objectivo é o de os comparar com os iguais que permaneceram nas caves – embora se saiba, desde há muitos anos, que os torna-viagem evoluem diferentemente.
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O comércio da alma é possível? Sábios de várias cátedras, sacerdotes de diversos ritos, escritores, especuladores e vigaristas disseram, ao longo dos séculos, que sim. Até há livros que ensinam as fórmulas e os procedimentos.
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O problema é que não sou Fausto e o Diabo não existe.
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Dr. Fausto pintado por Georg Friedrich Kersting.
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Contrato celebrado entre o Diabo e Urban Grandier, sacerdote católico sentenciado à morte, na fogueira, por bruxaria.

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