quarta-feira, agosto 07, 2013

Quinta da Ponte Pedrinha Tinto 2010

Tenho apreço por este produtor de Gouveia, ainda que não lhe conheça nem rosto nem voz. Um gosto que advém pela honestidade com que faz vinho; nada de artifícios, apenas vinho. Néctares que respeitam a palavra Dão.
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Há vinhos para todos os gostos, bolsos, conhecimentos, momentos... Este é para quem gosta do Dão ou o quer descobrir. Desde já porque conjuga as castas de referência da denominação: touriga nacional, alfrocheiro, tinta roriz e jaen. Até onde está uma memória, que poderia ser (pois que existe) fantasiada por leveduras ou Diabo a quatro... essas coisas que sabem os enólogos.
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Os vinhos da Quinta de Ponte Pedrinha, todos os que conheci até agora, têm essas coisas que muita gente perdeu ou não sabe: respeito e honestidade. Este não é um «grande vinho do Dão»; é um muito bom vinho, porque que mostra a região e porque, para além disso, é genuinamente bom. Não é um vinho modernaço nem a atirar ao pingarelho... é Dão.
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É incrível que um vinho cujo preço deve rondar os cinco euros, talvez menos, apresente esta complexidade e prazer de ser bebido. Mais interessante na prova olfactiva, em que a violenta se sobrepõe à fruta e depois permite que o mineral supere a fruta. Um jogo a três bem praticado. Na boca gostaria de lhe sentir mais acidez, mas simpatizei com o polimentos dos taninos.
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O Dão fez fama com a longevidade dos seus néctares; dez, 20, 30 anos e mais. Duvido que este chegue em forma aos 30 anos, mas certamente no prazo duma década ainda terá alguma coisa para contar.
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Origem: Dão
Produtor: Maria de Lourdes Mendes Oliva Nunes Osório
Nota: 6/10

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