Depois do que escrevi ontem, não tenho muito a acrescentar.
Apenas que este vinho pretende ser um retrato mais fiel aos néctares originais
da casa. Neste surge novamente a referência à colheita de 1940. Parece que foi
tão notável que o José de Sousa Mayor tenta acertar-lhe.
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As uvas que fazem este néctar vêm de vinhas velhas e são
colhidas à mão e pisadas a pé, em lagares. Tal como a versão «normal», o Mayor fez-se com uvas das cultivares
grand noir (49%), trincadeira (28%) e aragonês (23%).
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O texto de suporte técnico refere: «Parte dos cachos são pisados e desengaçados manualmente num pequeno
lagar, exactamente como nos séculos XVIII e XIX, parte das massas e do mosto
são transferidos para talhas de barro e o restante para lagares de maior
dimensão, onde fermenta a 26ºC, durante dez dias, fazendo nas talhas uma
maceração pelicular de mais duas semanas. Após a primeira trasfega o vinho vai
envelhecer directamente nos cascos. No final deste estágio, é feito o lote final
que é depois transferido para Azeitão [onde se situa o principal centro
vinícola da empresa], onde é engarrafado, sem ser filtrado ou estabilizado pelo
frio. Esta colheita estagiou em cascos de madeira nova de carvalho francês por
um período de 11meses. Foi engarrafado sem ser filtrado».
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É tão mais
fácil fazer «corta e cola» deste palavreado técnico... Não sei como não me
lembrei de o fazer mais cedo...
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As provas
sensoriais são, também elas, irmãs das verificadas no «normal», porém em
densidades diferentes e proporções diferentes. Como seria de esperar, o Mayor é
maior, cria mais apetite e prazer.
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Ao nariz vêm
muitas tâmaras, folhagem seca, tabaco, noz moscada e um leve cravo-cabecinha.
Na boca mostra-se frutado, com tâmaras e ameixas, revela taninos elegantes e
com um final de boca prolongado.
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Origem:
Regional Alentejano
Produtor: José
Maria da Fonseca
Nota: 8/10
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Nota: Este
vinho foi enviado para prova pelo produtor.
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