Ora, chegou o terceiro mosqueteiro. Ando com vontade de
abrir a janela e gritar: curto a Beira Interior! O branco, o de casta síria,
parte-me todo, deixa-me à deriva, em prazer. Os tintos desta quinta não chegam
lá, mas dão cartas… manilhas e reis.
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Que frescura! Carácter e pinta. Gostei mal o abri e senti os
aromas… como o chefe corso, do Astérix, nota a aproximação da Córsega pelo olfacto…
neste vinho a (minha adorada) touriga franca vem ao meu regaço,
reencontrando-me. Ah, pois é!
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Ainda que só com apenas 20% do lote, a touriga franca
apresenta-se logo, menos óbvia que a touriga nacional (60%). Depois vem a
simpática tinta roriz (a tal que de modo persistente muda de nome nos rótulos),
com os restantes 20%.
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A dupla de enólogos, João Corrêa e Nuno do Ó mais uma vez
mostram que são mestres marceneiros… quero dizer, trabalham bem com madeira.
Este vinho viveu 20 meses em barricas, colheu o que tinha a colher, tem-na lá,
mas bem integrada e a jogar com a equipa.
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No nariz é rico, mostrando-se didáctico, com as notas
fumadas, frutadas, florais e minerais. Na boca manda uma acidez… e com um final…
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Origem: Beira Interior
Produtor: Companhia das Quintas
Nota: 7/10
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Nota: Este vinho foi enviado para prova pelo produtor.
1 comentário:
o meu preferido foi o quinta da fronteira. nao provei o farizoa.
mas os 3 que provei convenceram-me no binomio preço-qualidade.
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