Hoje, amanhã e depois debruço-me sobre três vinhos da
Companhia das Quintas. Começo pelo que menos me impressionou até ao mais
catita, na minha opinião. São todos tintos, mas agora importa este alentejano.
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Não sei bem o que dizer… não tem nada a ver com a memória
dos alentejanos clássicos, mas também não é o retrato-robô do que muito se anda
a fazer por ali. Parece-me equilibrado nesse ponto. Reconheço que o modelo
vigente me encanita um pouco, pois são muito globais, independentemente de serem
bons ou não.
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Este tem, para mim, a virtude de não ser um tinto de barrar
no pão… Isso é uma coisa bom. Menos boa é a frescura, pouca, que lhe notei. Assim-assim
é o domínio de castas portuguesas, embora sejam fashion e de no lote haver
syrah. Para ser preciso: alfrocheiro (30%), aragonês (30%), touriga nacional
(30%) e syrah (10%).
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Gostei do arranjinho no nariz, com uma complexidade
interessante, levemente especiado (talvez noz moscada, não juro), café,
chocolate (preto, mas não absurdo) e ginja, mais do que a cereja indicada pela
casa. Não lhe senti muito a madeira, o que é muito bom sinal, pois levou 18
meses em barrica.
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Gostei mais do nariz do que da boca, devido à pouca frescura…
penso (quem sou eu? Enólogo não sou) que tal terá mais a ver com o território
do que com a competência de enologia (João Corrêa e Nuno do Ó), com mais do que
provas dadas. Aqui sim, senti mais a madeira.
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Resumando e concluando: tásse bem!
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Origem: Regional Alentejano
Produtor: Companhia das Quintas
Nota: 5/10
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Nota: Este vinho foi enviado para prova pelo produtor.
Nota: Este vinho foi enviado para prova pelo produtor.
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