Quando escrevia para a revista Index, suplemento de sábado do
jornal I, quis escrever acerca do vinhos desta quinta de Mafra. Todavia,
complicações de agendas não o permitiram. Acabou-se a colaboração e foi-se o
texto pretendido.
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Cada vez me espanto menos com a qualidade que têm vindo a
revelar os vinhos da Estremadura (Lisboa) e do Ribatejo (Tejo), regiões em que
gracejava como demarcadas do vinho a martelo. Tenho de dar o braço a torcer.
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Este tinto, resultante do lote de castelão (65%) e aragonês
(35%), não é nem efusivo nem austero, mas moderado. Interessante no nariz como
na boca. Não foi bebido quando foi novidade, mas este ano. É um colheita e dele
não seria de esperar grande longevidade de jovialidade. Se bem que não é um
vinho velho, a verdade é que também não estamos em época em que a moda se faz
de lonjuras, especialmente nos colheitas. Este não mostrou sinais de qualquer
cansaço ou evolução. Bem jovem sem aqueles frémitos, que a mim me no me gusta
(ai, ontem foram umas estrangeiradas e hoje outras – devo estar mesmo doente).
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No nariz notas de ameixa, amoras, cereja, com finura de
fumo. Na boca mostrou boa acidez e um final com demora.
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Origem: Regional Estremadura
Produtor: Quinta de Sant’Ana
Nota: 6/10
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