Volto à questão da boca e da subjectividade das provas e das opiniões, até porque o tema não tem fim... ainda correndo o risco de me chamarem enochato (adoro o termo... inventado pelo amigo do Vinho para Todos).
Na verdade, a prova é quase totalmente subjectiva. Tanto assim é que o próprio ambiente e a disposição em que nos encontramos a moldam. Dir-se-á que os provadores e os críticos profissionais têm uma disciplina grande, procuram ambientes neutros, seguem um conjunto de normas e procedimentos para contornarem toda uma poluição que possa prejudicar o apuramento. Contudo, não há forma de deixarmos de sermos quem somos.
Contudo, eles provam profissionalmente e aqui o menino (e mais uns tantos) bebe amadoramente (sentido literal). Daqui não saio. Mas também ninguém me convence de que a opinião dum crítico não é moldada pelo seu gosto pessoal. leio com atenção o que dizem os críticos, mas tenho a minha boca, a minha cabeça e a minha carteira.
Eu que não sou crítico, apenas um apreciador que gosta de mandar bitaites e largar umas apreciações na internet, dei conta duma pequena nuance de perturbação das avaliações... É uma ingenuidade, bem sei... e já a sabia... farto-me de falar nisso: os humores do momento. Dei-me agora perante uma situação prática: nos meus apontamentos de 2006 classifiquei um vinho com uma nota diferente daquela que dera em 2005.
Bem, não creio que se trate duma evolução em garrafa, nem se trata duma grande diferença, mas quis partilhar com quem me lê esta minha pequena aventura. E, já agora, a diferença verificou-se no José de Sousa de 2002.
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