Já disse tantas vezes que não aprecio brancos alentejanos
que agora tenho de dizer bem de um. O que nem é novidade, pois os reservas do
Esporão sempre tiveram boa recepção no blogue. Este agradou-me particularmente.
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Provavelmente, apreciei mais por causa do antão vaz,
que, se não minguou em quantidade, pelo menos escondeu-se um pouco. Antipatizo
com a casta! O que hei-de fazer?! Positiva também uma maior percepção de
frescura. Faz-se ainda com arinto, roupeiro e semillon.
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Prefiro os vinhos sem os tropicalismos. Para tropicalizar
prefiro caipirinha ou caipiroska. Esqueçam lá os maracujás e os pêssegos maduros. Pois
este reserva poupa-nos à facilidade dos frutos doces e quentes. Todavia, não
deixam de lá estar, mas em complemento do arranjo olfactivo. Este senti-o mais
fresco, algo mineral e um pouco herbáceo, embora não a erva fresca cortada numa
manhã de orvalho, já se vê… o Alentejo não deixa. Na boca mostra uma
complexidade cativante, fresca, mineral e prolongada.
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Não tenho dúvida em afirmar que este é o melhor Esporão
Reserva Branco que bebi.
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Como sempre, o Esporão convidou um artista plástico para a
criação do rótulo. A escolha recaiu em Lourdes de Castro.
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Origem: Alentejo
Produtor: Esporão
Nota: 7/10
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Nota: Este vinho foi enviado para prova pelo produtor.
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