Bom dia! Sempre que escrevo sobre
o Bétula lamento que seja um vinho de casta internacional feito no Douro.
Reconheço a xenofobia. O que importa, afinal de contas, é a qualidade do vinho
e do prazer que dá.
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Complexos e macaquinhos da (minha)
cabeça à parte, os Bétula têm primado por uma grande regularidade, quer de
qualidade, quer de perfil. Todavia, neste notei-lhe um certo e mínimo
redesenhar. Seja lá o que isso for, os anos são diferentes e os vinhos (os
bons) querem-se diferentes.
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Embora embirrento com algum cosmopolitismo
no Douro, declaro que gosto da casta viognier. Da sauvignon blanc nem tanto,
mas uma casta é uma casta, um vinho é um vinho, bom é bom e etecetera e tal.
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De todos os Bétula que já bebi,
este foi o que me deu mais satisfação. Adorei um vento suave de salsa quando
abri a garrafa. Como um namoro insinuado, o aroma da erva escondeu-se um pouco
atrás de maçã verde e algum pêssego. Na boca, mineralidade e uma sensualidade delicada,
acidez feliz e convidativa para a mesa.
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Origem: Regional Duriense
Produtor: Quinta do Torgal
Nota: 7,5/10
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Nota: Este vinho foi enviado para prova pelo produtor.
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