A Revista de Vinhos faz 17 anos e só isso é já motivo de satisfação e de «parabenzação», porque são quase duas décadas a informar e formar os enófilos portugueses e a exigir qualidade junto dos produtores, através da crítica.
Mas há mais motivos de celebração: a festa de aniversário da publicação, que aconteceu na passada sexta-feira, 16 de Fevereiro, na Alfândega do Porto. O evento, também conhecido por «a noite dos Óscares», foi de animado convívio. Comeu-se muito bem (repasto a cargo do chefe Hélio Loureiro e serviço da Solinca) e bebeu-se em grande nível (vinhos escolhidos pela redacção da Revista de Vinhos).
Uma nota claramente positiva foi o convite feito pelos responsáveis da Revista de Vinhos aos seus concorrentes directos da Blue Wine e da Wine Passion. Só fica bem o cavalheirismo e uma saudável convivialidade.
Quanto aos vencedores... é comprar a Revista de Vinhos!
5 comentários:
Só não sei se é cavalheirismo e saudavel convivialidade fazer a distribuição dos prémios no mesmo dia e a poucos metros de distância da essência do vinho. Não havia necessidade. A RV não necessita de ter medo da BW. Não são produtos iguais. Podiam comportar-se com mais fair play. Mas enfim é a caracteristica Tuga no seu melhor. O Camões lá tinha as suas razões para a cabar os Lusiadas com a palavra que acabou. Boas provas. AJS
Embora a guerra não seja a minha e por isso não seja da minha competência, não me parece que se trate da mesma coisa. Um +e um certame com o apoio oficial duma revista e o outro é o aniversário duma revista que acontece numa data. Não sei o que terá pesado para quen ocorresse na Alfândega do Poro, mas também não sei o que terá pesado para que o outro evento ocorresse no Palácio da Bolsa. Quero dizer que não sei qual nasceu primeiro.
Tudo o mais não me diz respeito.
Saudações, caro AJS
Embora já a tenha ouvido sussurada aqui e ali anteriormente, a critica que AJS reporta é a primeira vez que a vejo escrita em letra de forma pelo que, pedindo licença ao proprietário deste espaço, isso me dá oportunidade de esclarecer de vez este assunto.
1 - O Jantar dos Prémios da Revista de vinhos realizou-se pela 10ª vez consecutiva, sempre na mesma data: em Fevereiro, na sexta feira mais próxima do meio do mês. Como é sempre à sexta, ja tem calhado a 14, a 15, no ano passado foi a 17, este ano calhou a 16. Para o ano será a 15. Tem sido assim desde há 10 anos, sem falhar uma única vez.
2 - Também desde há 5 anos se convencionou que, sendo a RV uma publicação nacional, o palco do jantar decorre uma ano em Lisboa e outro no Porto, alternadamente. Todos sabiam que este ano era a vez do Porto, tal como para o ano será em Lisboa.
3 - Contrariamente a esta constância do Jantar dos Prémios a feira EV que decorre no Porto, tem mudado as suas datas com frequência: Já foi no princípio do mês, já foi no fim, já foi no meio. Presumo que a marcam de acordo com as suas conveniências, o que é normal.
4 - Já tinha a sala reservada, o catering encomendado e alguns dos convites feitos, quando reparei na coincidência de datas. Ponderados os prós e os contras, optámos por manter a data do jantar dos Prémios na exclusiva presunção da defesa dos interesses dos participantes dos dois eventos. Isto porque considerámos que os dois eventos não eram conflituosos entre si - uma feira e um jantar que começa depois da feira ter fechado - e até podiam ser complementares. Muita gente que esteve no jantar, possivelmente nem iria à EV, se não se desse o caso de estar já no Porto para assistir ao jantar. Calculo que o inverso também possa ter acontecido, embora os públicos alvo fossem diderentes.
3 - A proximidade fisica dos locais onde correram os dois eventos mais favoreceu essa complementaridade. Muita gente me confidenciou que chegou a pé ao jantar depois de ter saído da EV.
4- Na minha opinião, o errado teria sido marcar o Jantar para uma altura diferente, por exemplo uma semana depois. Nessa altura correr-se-ia o risco de tal poder ser interpretado como uma insuportável arrogância «obrigar» as muitas centenas de pessos que assistiram ao jantar a deslocarem-se pelo 2º fim de semana consecutivo ao Porto.
5 - Portanto, não houve aqui rivalidade nem falta de «fair play», como AJS diz. Pelo contrário, houve uma optimização do esforço que era pedido àquelas centenas de pessoas que desejavam não perder os dois eventos.
6 - A prova que eu tenho razão é que, pelo que li na imprensa e nos comenstários dos blogs, a EV não se queixou propriamente com a falta de público e o Jantar da RV teve a maior assistência de sempre: 840 pessoas.
7 e último ponto - Porquê ver guerras onde elas não existem?
João Geirinhas (RV)
Caro João Geirinhas ainda bem que tudo se passou da melhor maneira,como diz. Na realidade os dois eventos foram um sucesso e estou contente por isso. No entanto não deixo de assinalar que, como também diz, também eu ouvi sussurar a situação que foi escrita em letra de forma, por mim. Este meu mau feitio de dizer sempre aquilo que penso vai-me acompanhar até à cova. De qualquer maneira queria apenas dizer-lhe que não "estou a ver guerras onde elas não existem", estou apenas a expressar aquilo que penso. Sabendo da coincidência dos dois eventos, julgo que seria melhor, da parte dos dois organizadores, uma coordenação de esforços. O Mundo do Vinho em Portugal, sendo muito pequeno em termos internacionais, é uma industria muito importante para aquleles que vivem dela, incluindo as publicações da especialidade. Casos houve em que a falta de coordenação dos diversos intervenientes do sector mataram a "galinha". Boas provas. AJS
PS. estou aberto a um convite para o jantar do ano que vem na capital do reino. Mesmo longe merece o esforço. Boas provas. AJS
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