sexta-feira, dezembro 20, 2013

Três Confradeiros

A marca Confradeiro fez alguma história no Douro. Numa época em que as marcas eram poucas, uma grande casa, a Sandeman, arriscar nos vinhos de mesa teve o seu quê de inovador.
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O primeiro foi da colheita de 1986, mas a vida não foi longa. O comunicado da Sogrape refere 20 anos de paragem... talvez tenha entendido mal, mas foi o que me ficou da literatura.
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Quer em 1986 quer em 1993 andava eu a apanhar bonés neste óbi dos vinhos, achando que sabia muito... hoje continuo com a mania, mas sei que saltei uns obstáculos. O Confradeiro tinto estava num patamar que, para miúdo com pouco dinheiro, mal conseguia chegar. A memória está longínqua, mas tenho ideia de que era aprovado.
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Confradeiro Branco 2012 é um típico duriense, composto por viosinho, malvasia fina e gouveio. Fino e com elegância. Dá satisfação, mas não encanta
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Origem: Douro
Produtor: Sandeman (Sogrape)
Nota: 5/10
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Confradeiro Tinto 2011 vem no conceito do anterior: bom vinho, com preço competitivo. Não brilha na mesa, mas não envergonhará ninguém, e com apetite para carne. Fez-se de touriga nacional, touriga franca e tinta roriz.
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Origem: Douro
Produtor: Sandeman (Sogrape)
Nota: 5,5/10
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Confradeiro Tinto Reserva 2010 fia mais fino, este já é me dá mais pica. Cheira a Douro, sabe a Douro. Bendita touriga franca que aqui te deixaram brilha... acompanhada pela «obrigatória» touriga nacional e pela tinta roriz.
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Quente com frescura, evolvente... complexo na boca, mais do que no nariz. Gostei mesmo.
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Origem: Douro
Produtor: Sandeman
Nota: 7/10
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Nota: Estes vinhos foram enviados para prova pelo produtor.

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