Às vezes sou mesmo tosco. Não me costumo perder, mas dessa
vez andei à nora à procura duma quinta. Foi na quarta-feira passada, no Douro,
junto ao Pinhão, primeira etapa duma viagem de cinco dias… miniférias, coisa
que não tinha há… dez anos!
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Em Tabuaço há placas a indicar a aldeia de Barcos. Não custa
nada, basta ter os olhos abertos. Pois, mas num cruzamento em vez de seguir em
frente, como indicado na tabuleta, fui para a esquerda. Fiquei a conhecer um miradouro e
uma bela estrada de serrania. Ainda bem que há telemóveis.
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Mim (achei que fica giro um «mim») e A chegámos a bom porto,
bem a tempo da jantarada e de boa conversa. A J já conhecia, sempre feliz e sorridente e fixe, o J é muito
simpático, educado e charmoso e «Quem aí vem» já se mostra. Depois veio
outro J, só para confundir as interpelações.
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Além de «Quem aí vem» vem também aí um branco e um tinto. O
branco ainda rabuja um bocadinho na garrafa e o tinto ainda não está
propriamente pronto. O primeiro é uma certeza e o segundo vai ser outra.
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Gostei muito do toque a cabeça de fósforo do branco. J, o
enólogo, diz que é capaz de entrar na moda, que os neozelandeses procuram
lá chegar, apontando à Borgonha. Chamou-lhe funky… gostei da expressão e não me
sai da cabeça. É isso mesmo, funky.
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Para a mesa veio a especialidade da casa: frango de caril,
que foi bem com o branco funky, com o tinto da quinta e com o outro encarnado que levou o J
enólogo. Teve-se muito bem, nem o «fresquinho» do Douro constipou ninguém… quem
estava, já estava.
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