Tenho ido muitas vezes ao Douro, mas esta foi a primeira
apenas em lazer. Primeiro foi uma bela jantarada em casa da J, do J e de «Quem aí vem». Duas noites no Pinhão, numa residencial limpa e simpática. A
típica casa com quartos e restaurante: doses enormes, mesa bem farta, para
engordar quem já é gordo e guloso. Foi a Ponte Grande e gostei muito.
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Depois do Pinhão foi Foz Côa, onde me vi obrigado a pedir o
livro de reclamações do Hotel Vale do Côa. Nesta casa promete-se o que não se
tem, mas cobra-se como se tivesse. Televisão por cabo? RTP1, SIC, TVI, TV 5
Monde, CNN e Sport TV… todas com péssima sintonia.
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«Então? Não tem Sport TV? E a imagem vem por cabo, não vem?»
– engraçadinho, o dono do estabelecimento. A banheira não tem tampa para o
ralo?... que pena e vá de demorar em fazer o favor de arranjar o objecto. A
internet wireless é paga… bonito! Ora, se soubesse disto teria ficado numa residencial, sem wireless, sem tv por cabo só com um cubículo para o duche e por menos 15 euros.
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Como o dono é espertalhão, pensa que os outros são parvos e
que está a fazer um grande favor em alugar quartos, levou com a reclamação. Aliás, o dito senhor parece
ser conhecido pela fanfarronice e arrogância. Tadinho, paciência, levou com o
protesto no livro e pode ser que se trame (apetecia meter aqui um palavrão).
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Voltando ao que interessa e a quem interessa: Pinhão,
localidade muito feia, mas com uma vista linda, com gente simpática e muito
ócio para quem a visita. Do outro lado da ponte fica a Quinta das Carvalhas,
pertencente à Real Companhia Velha.
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A Quinta das Carvalhas é para alpinistas, vai desde o rio
até ao cimo dum monte íngreme. É óbvio que subi em minibus. No topo, a «casa
redonda», miradouro sem limite para a vista, que não a moldura de montanhas e
rio.
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Na loja das Carvalhas manda Conceição Nogueira, senhora
simpática e atenciosa. E lá gastei um dinheirão em vinho e azeite.
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A quinta foi de manhã, à tarde deliciei-me na esplanada do
Vintage House e num sereno passeio no Douro numa espécie de rabelo a motor, sem
remos nem vela. Só lamento que o Vintage House, desde que mudou de dono, tenha
abandonado a política de abertura diária duma garrafa de vintage para serviço a
copo. Foram bons tempos, de boa iniciativa de divulgação do topo da família ruby.
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Depois veio Vila Nova de Foz Côa e a Quinta do Vale Meão,
onde Franciscos de Olazabal, pai e filho, espalham simpatia e generosidade, sabendo
receber como pouca gente, com educação e sem afectação.
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Viva o Douro!
2 comentários:
E faltou subir até Freixo de Espada à Cinta... boa crónica.
João Trigo
VIVA
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