Coisa rara em mim é insistir num vinho. Bebi a primeira e
comprei mais duas. Não comprei mais porque não havia. O amigo Santos, da Garrafeira Campo de Ourique, encontrou umas caixas perdidas. Perdidas e
esquecidas. Provou-as, aprovou-as e pô-las à venda. Recomendou-me e comprei.
Mais uma vez satisfeito.
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É um vinho da Amareleja, feito com uvas moreto e
trincadeira, vinificado em talhas. Contudo, é regional alentejano… faltaram-lhe
o syrah, a touriga nacional e o petit verdot para ser um vinho típico do
Alentejo e ser DOC.
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Vinho de talha e velho… ui! Que risco! Que medo! Buh! Susto!
Que nada! Recomendado pela caça-fantasmas Arlindo Santos, não há espírito de
vinho que cause receio! Maravilhoso!
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Os amigos que não gostam de vinhos velhos não gostaram. Tudo
bem, é coerente. Mas não desdenharam nem rabujaram como fizeram com outros.
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Tem acidez e belo final. Um sedutor aroma a cogumelos
frescos, trufa e alguma terra molhada. Delicioso. Repito: de-li-ci-o-so!
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Origem: Regional Alentejano
Produtor: José Manuel Nunes Piteira
Nota: 8/10
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