O étnico-João também gosta de ser cosmopolita. Este não tem
nada a ver com o hábito de Sintra. Ou talvez tenha, se pensarmos na grande
nobreza de palácios, chalés e quintas. Este vinho é um diplomata, vinho de
salão, que vai bem em Queluz, Versalhes ou Sampetersburgo. É duma elegância
encantadora. Personificando, ser um cavalheiro simpático, mas sem a proximidade
do amigo.
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Acompanhei-o com umas gambas apenas passadas por azeite e
alho, com um pouco de sal. Levei-o à boca com arroz, milho e ervilhas. Foi uma
maravilha. Gostei muito.
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Tem a frescura que a serra empresta e alguma suave
mineralidade. É longo, untuoso e «fácil» de se beber… gosto muito dessa
facilidade; dessa capacidade simpática de saber estar em qualquer ambiente,
desde que haja bom gosto. No nariz junta abacaxi, ameixa amarela, leve banana,
salsa e uma finura de manteiga.
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Origem: Regional Lisboa
Produtor: Fundação Stanley Ho
Nota: 7/10
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