Diz o quite de imprensa que a touriga nacional é a mais
portuguesa de Portugal... irritei-me... capaz de chibatar que o escreveu...
mentira, só uns açoites.
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A ideia é bem gira! Juntar vinhos de touriga nacional,
provenientes das diferentes propriedades da Companhia das Quinta; não todas,
pois a Quinta da Romeira é só de arinto.
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Os bailarinos vieram da Quinta da Fronteira (Douro), Quinta
do Cardo (Beira Interior), Quinta de Pancas (Lisboa) e Herdade da Farizoa
(Alentejo).
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Feliz bailado, este. Complexo e divertido, sobretudo para
quem já dá uns toques na bola (vinho). O que se encontra? Notas de fruta
vermelha quase madura (Douro), mineralidade e frescura (Beira Interior),
frescura amena e elegante (Lisboa) e compota de morango (Alentejo).
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Resulta uma complexidade e que, com o tempo da refeição,
evolui e gera conversa. Sim, domina a mesa. Não digo que domine o prato, pois
isso depende. Mas quem já tem amor ou uma paixoneta pelo vinho vai dar-lhe
atenção.
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Julgo que é bailante, uma ciranda, onde os aromas e sabores
vão e vêm. Onde a madeira, de barricas de carvalho francês (50% novas e 50% com
um ano) servem de soalho seguro.
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Provei-o na Quinta da Romeira, uma mostra de brincadeira do
enólogo João Corrêa. Garrafa aberta, levei-a para casa e foi uma alegria. Dêem-lhe
espaço para respirar e temos: twist, funky, valsa e saias.
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Origem: Portugal
Produtor: Companhia das Quintas
Nota: 8,5/10
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