A Sonae, empresa detentora dos hipermercados Continente,
alargou a gama dos seus vinhos. Aos colheitas, acrescentou reservas... contudo
baptizados de selection. A marca é a mesma: Contemporal.
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São quatro os vinhos Contemporal Selection, obra de três
enólogos, consagradas figuras das regiões onde mais trabalham.
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São os quatro vinhos correctos, sem defeitos. São fáceis e
gulosos. Não ficam mal na mesa, a menos que o pudor (que acho bem que eista)
impeça de levar para um jantar ou ofertar um vinho de marca branca.
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O jantar é informal e com a pandilha? Todos gostam de vinho
e estão todos nas lonas...
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– Olhem o que eu descobri...
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E vai daí e está tudo em festa, com o arroz a passar-se, com
os vizinhos a passarem-se com o barulho e o gosto satisfeito.
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Já devem ter percebido que não me apetece entrar em
descritores nem contar história ou estória. Estes vinhos são isso mesmo: boa
parte integrante da refeição, não fazem alarido nem desapontam.
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Jaime Quendera assinou os Contemporal Selection Branco 2012
(Regional Península de Setúbal – chardonnay, arinto, fernão pires e verdelho –
5,99 euros) e Contemporal Selection Tinto 2011 (Península de Setúbal – touriga nacional,
cabernet sauvignon, tinta miúda e 5% da branca arinto – 6,99 euros).
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Anselmo Mendes assinou o Contemporal Selection Branco 2012 (Regional
Minho – alvarinho e loureiro – 5,99 euros).
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Rui Reguinga foi responsável pelo Contemporal Selection Tinto
2011 (Regional Alentejano – aragonês, trincadeira e alicante bouschet – 6,99
euros).
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A nota é idêntica e aos pares: brancos com 5/10 e tintos com
5,5/10. Os rótulos têm as caricaturas dos enólogos... tá giro, sim senhor.
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Não consigo deixar de dizer isto: há uns anos, não muitos, o
Pingo Doce criou a sua gama de linha branca. Eram vinhos fáceis e de qualidade.
O tempo passou e o chefe de mercearia, de lápis, afiado à navalha, atrás da
orelha, quis engordar os ganhos e achou que os clientes são todos tolos.
Sentiu-se no nariz, boca e cérebro... hoje escapa o Palmela... e o Dão? Fujam
dele.
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