Parece-me que João Portugal Ramos percebeu que o público dos
rosés talvez não seja tanto o dos rebuçados. Os consumidores mais conservadores,
talvez menos letrados (sem desprimor ou juízo de valor), provavelmente
dispensam os rosados.
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– Ah, não gosto!
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É o velho preconceito de que homem que é homem não bebe coisas
cor-de-rosa. Se calhar os nossos (muito) homens gostam mas nunca provaram ou se provaram foi com
preconceito.
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Penso que talvez o público dos rebuçados de vinho até
prefira outras bebidas e opte pelas sangrias da 7 Up, pelas cervejas de
sabores, pelos refrescos e refrigerantes.
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Provavelmente, a maioria dos que gostam de rosés até seja
quem os aprecia mais austeros. Começo a desconfiar que sim.
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– E porquê?
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Porque alguém como João Portugal Ramos, que sabe fazer os
vinhos que quer, tem faro para esta coisa do mercado. Se ele os faz assim, é porque
sabe… ou não voltaria a fazer.
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Por mim, aprecio. Gostei, tal como no ano passado, da menor
exuberância e espalhafato no doce. É mais austero, mas tem os morangos e as
cerejas à mesma.
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Origem: Regional Tejo
Produtor: Falua Sociedade de Vinhos
Nota: 5,5/10
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