Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. O vinho é
um objecto transaccionável e que pode ser avaliado às cegas, para que não
exista o efeito rótulo, em concurso ou noutra prova «científica», assim-assim o
é.
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Para mim, o rótulo importa. Aliás, o que está no rótulo.
Melhor dizendo, o que é o rótulo. Ainda mais, quem faz o vinho. Não penalizo
vinhos bons que não gosto nem exagero nas avaliações dos que mais me contentam.
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Estes são vinhos da Joana Pratas e do João Nápoles.
Simpáticos, afáveis e competentes. Não é por isso que os seus vinhos são bons
nem o seriam inversamente. Gosto deles – produtores e vinhos – e, por isso, e
neste caso, sinceramente, não lhe acrescento meio ponto.
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Casa da Esteira Reserva Tinto 2014 fez-se com uvas de «vinhas
velhas, onde se misturam tinta amarela, tinto cão, touriga franca, touriga
nacional, sousão, tinta francisca, entre outras» – lê-se na informação. Vides
com 42 a 67 anos, fincadas no xisto.
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Casa da Esteira Touriga Nacional 2015. É o que diz, de
plantas com dez anos.
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Um e outro deram-me cabo da alma, no bom sentido. É que são
o Douro. Agora até parece mal elogiar-se o Douro – outras regiões estão na moda
–, porém é a que mais me preenche.
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Casa da Esteira Reserva Tinto 2014
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Origem: Douro
Produtor: Parceiros na Criação
Nota: 8/10
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Casa da Esteira Touriga Nacional 2015
Origem: Douro
Produtor: Parceiros na Criação
Nota: 7,5/10
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