Depois da apresentação de ontem, hoje não vou repisar. Os
Senses (amanhã sai o syrah) elevam o patamar de exigência, mas a característica
do produtor é a mesma: bom e barato ou acessível... depende do critério de cada
um e disponibilidad€).
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A casta touriga nacional é tida como a grande cultivar tinta
portuguesa. Gera vinhos de inegável qualidade e adapta-se a uma grande
variedade de solos e climas. É uma casta de potencial internacional e que tem
sido plantada em diversas latitudes e longitudes fora do rectângulo continental
português.
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Óscar Gato, já elogiado ontem, tem conseguido, colheita após
colheita, grandes regularidades, de qualidade e perfil do produto. Quem hoje
compra encontra, fora as especificidades do ano (convém e é isso que tona os
vinhos interessantes), um irmão da colheita anterior e um irmão da posterior.
Não são vinhos iguais, há anos melhores do que outros, mas quem compra não sai
enganado. A Adega de Borba é coerente no que faz.
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Uma das características de Óscar Gato é saber tirar frescura
das uvas: não bastam os solos e o clima, é precisa a sabedoria do técnico, para
mandar apanhar os frutos no momento certo – uma outra faceta do badalado terroir).
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Ora, fora do seu berço, o Dão, a touriga nacional mostra-se
diferente. Para mais com uma clara diferença de clima. Por isso, muitas são as
presenças de geleia de frutos do bosque e morango. Todavia, há também a
presença das violetas, que tanto brilham nas tourigas de sítios mais frescos.
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Origem: Regional Alentejano
Produtor: Adega de Borba
Nota: 7/10.
Nota: Este vinho foi enviado para prova pelo produtor.
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