Nem sempre me ponho a olhar para os rótulos quando me chega
uma garrafa para prova... quando compro é diferente, escolho o que quero, com
diferentes critérios e lógicas. Ora dizia, que não costumo olhar para os
rótulos do que me chega para prova, até porque muitas vezes não abro logo a
embalagem que acolhe a botelha.
.
Quando li o papel anexo e mirei a garrafa temi que fosse
filho duma casta que abomino, mas que vinga no Alentejo. Pelos vistos, há muita
gente que aprecia e produtores e enólogos, por essa ou outra razão,
escolhem-na. Trata-se da antão vaz... mas como não é bonito dizer mal de gente
ausente, poupo o leitor ao impropérios que lhe dirijo.
.
Pois este reserva fez-se de viognier (56%) e alvarinho
(44%). A primeira casta tem tradição na quente Côtes du Rhône e tem-se dado bem
no Alentejo. Já a outra provém do Norte do Minho e da Galiza, zonas bem mais
frescas. Por isso, não será de estranhar que os resultados sejam diferentes. A
alvarinho é uma grande casta e, muito embora seja mais esplendorosa a Norte, dá
néctares com interesse a Sul.
.
É um vinho com frescura, mas não é refresco. As notas de
lima dão-lhe frescor, mas há por ali alperce. Para mim, falta-lhe alguma
acidez, mas não deixa de ser um bom vinho.
.
.
.
Origem: Regional Alentejano
Produtor: Monte da Ravasqueira
Nota: 5,5/10
.
Nota: Esta garrafa foi enviada para prova pelo produtor.
Sem comentários:
Enviar um comentário