Ora aqui está uma coisa, para mim, tão improvável como dizer
bem do José Sócrates. Branco doce? Afaste de mim esse cálice.
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Cale-se!
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Quando me lembro de branco doce vem-me sempre à cabeça um
vinho que sempre detestei, o João Pires, ícone da moda na década de oitenta e
sumido desde a de noventa.
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Ao contrário do senhor Pires, a doçura deste branco vem do
alvarinho (67%) e da loureiro (33%), cepas da região dos Vinhos Verdes. De facto,
o resultado é bem diferente. É que conforme seduz, a(s) casta(s) moscatel podem
tender para chato. Como Domingos Soares Franco lhe «injecta» a doçura não sei,
mas o mestre sabe o que faz!
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É um vinho floral, rosáceo, mas menos frágil. O mestre fala
em pêssegos, mas a coisa passou-me ao lado. De facto, há ali qualquer coisa
carnuda, entre o rijo e o doce, mas não me pareceu pêssego. Já as citadas nozes
se dão com elas mais facilmente. É gordo na boca, mas não é um cozido à
portuguesa… calma, que o vinho é bom para o Verão!
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Origem: Vinho Regional Península de Setúbal
Produtor: José Maria da Fonseca
Nota: 6/10
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Nota: Este vinho foi enviado para prova pelo produtor.
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