Este vinho encantou-me fortemente na primeira vez que o provei, numa apresentação na embaixada de Itália, em Lisboa, a que fui a convite do amigo Miguel Bucellatto. Nessa primeira apreciação apressada fascinaram-me, sobretudo, os taninos e a ameixa que dentro do copo pedia que a bebessem.
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Bebi-o uma segunda vez em casa do amigo Turco e com o Nasser. Lamento que não tenham gostado tanto deste vinho quanto eu, mas paciência. Cada um tem o seu nariz e sua boca.
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Este vinho é tão pouco parecido com os portugueses. Tem a personalidade da região donde vem, não faz cedências ao Novo Mundo. Não é um vinho de grande corpanzil, embora a sua fruta seja poderosa. Mas não é magro. Não é estupidamente alcoólico, com o teor a rondar os 12 graus e meio - não me recordo bem, mas sei que anda por aí. É elegante, como um príncipe.
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No nariz é complexo, mais do que na boca, o que não significa que esta fique aquém. Sentem-se aromas de ameixa, fruta do bosque, onde se levanta a amora, violetas e especiarias. Na boca demonstra belíssimos taninos e uma acidez desafiante. Este vinho, com a idade, irá dar de falar.
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Origem: Barolo, Piemonte - Itália
Produtor: Vietti
Nota: 8/10
1 comentário:
Como eu te compreendo João. Dá-me Vietti todos os dias e não importa qual.
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