A casa José Maria da Fonseca habituou-me a uma grande
regularidade. A gama prima pela fiabilidade. Embora com os vinhos de topo a
mostrarem características de raça, ou de ano, muito mais vincadas, a arte (a
técnica) está (também) em saber fazer bons vinhos todos os anos, que prolonguem
o essencial, o que apetece ao público, dê segurança... vinhos que criem apostas
seguras e boa relação entre a qualidade e o preço. Que crie laços e fidelize
escolhas.
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Estes três vinhos têm tudo isso. O Periquita, que busca o nome
ao tinto (o verdadeiro), o Quinta de Camarate que já atira um pouco mais acima
e o BSE que se atira para a toalha, na praia ou na piscina.
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Periquita Branco 2012: vou tentar esquecer-me que aqui só o
meu gosto conta; a frutinha aborreceu-me um pouco, nomeadamente o pêssego que
assalta o nariz. Na boca pareceu-me mais ao meu modo, com acidez a contento.
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BSE 2012: não se correm ralis com carros de fórmula 1... não
posso esperar nem exigir que este seja um grande vinho, mas é um vinho com
muita graça. Não por causa das memórias, que também pesam, mas pela leveza e
facilidade com que nos leva a vida. É um amigo vago, mas amigo. Gosto dele.
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O Quinta de Camarate achei-o um pouco quente face ao que
estava à espera, mas admito facilmente que o erro tenha sido meu. Não foi
termómetro, foi expectativa. É um néctar que puxa ao vegetal (gosto), com notas
de erva cortada e maçã granny smith.
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Periquita Branco 2012
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Origem: Regional Península de Setúbal
Produtor: José Maria da Fonseca
Nota: 5/10
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BSE 2012
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Origem: Regional Península de Setúbal
Produtor: José Maria da Fonseca
Nota: 4/10
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Quinta de Camarate Branco Seco 2012
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Origem: Regional Península de Setúbal
Produtor: José Maria da Fonseca
Nota: 6/10
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Nota: Estes vinhos foram enviados para prova pelo produtor.
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