quarta-feira, outubro 24, 2012

Museu do Côa e Lavradores de Feitoria juntos num vinho

A empresa Lavradores de Feitoria associou-se ao Museu do Côa para, em parceria, lançarem uma nova marca de vinho. Museu do Coa by Lavradores de Feitoria é o néctar que nasceu duma conjugação de vontades e materializado num tinto de 2009.
Segundo Fernando Real, presidente da Fundação Côa Parque, «este vinho é fruto de uma iniciativa – a primeira de outras que se seguirão com este ou outros players da região – com um significado muito especial porque resulta de um conjunto de ideias partilhadas. Quem comprar Museu Coa by Lavradores de Feitoria estará a alimentar o corpo e o espírito». Cada garrafa tem um vale para uma entrada gratuita no Museu do Côa.
Para Olga Martins, CEO da Lavradores de Feitoria, este é mais um passo para promover o Douro «no seu todo e em parceria, algo que faz parte da cultura» da empresa. «Com esta iniciativa estamos a aliar gastronomia com cultura, património e paisagem. Com o património vamos promover o nosso vinho e com o vinho trazer pessoas a conhecerem o Museu do Côa e o Douro».
.
O Museu do Coa by Lavradores de Feitoria Tinto 2009 é um vinho feito com uvas das quintas que a Lavradores de Feitoria possui na sub-região do Douro Superior (onde fica localizado o Museu do Côa), juntando touriga nacional (70%), tinta roriz (20%) e 10% de uma mistura de castas de uma parcela de vinhas velhas.
.
Com um preço de venda ao público recomendado de 15 euros, o Museu do Coa by Lavradores de Feitoria Tinto 2009 pode ser adquirido no Museu do Côa, mas também em garrafeiras e lojas seleccionadas em todo o país.
.
A concepção gráfica do rótulo do Museu do Coa by Lavradores de Feitoria foi inspirada numa das cabras materializada na «rocha 6» da Penascosa, sendo a cabra um dos quatro temas zoomórficos fundamentais mais figurados na arte paleolítica do Côa (juntamente com o cavalo, o auroque e os cervídeos).
.
A «rocha 6» da Penascosa é um painel vertical xisto-gauváquico, com uma superfície relativamente lisa, que guarda algumas gravuras da época Gravettense (+/-25.000 - +/-18.000 anos antes do presente), o mais antigo período da arte paleolítica do Côa. Dois cavalos e duas cabras surgem aqui associados, gravados por picotagem profunda e sobrepostos entre si. Há ainda um terceiro cavalo figurado mais à esquerda do painel. Todas estas figuras estão representadas em perfil absoluto, como que vogando num espaço etéreo, sem representação de solo. Embora ao ar livre, a profundidade dos traços originais destas gravuras ainda hoje permite a sua boa visualização.
.
.
.
Nota: Em breve este vinho será aqui comentado.

Sem comentários: