A Galileia é tida como a melhor região vinícola de Israel. Dentro dela, os vinhos com maior nomeada provêm dos montes Golã. Sim, esses roubados à Síria durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Embora parte tenha sido devolvida, o facto é que parte continua ilicitamente ocupada.
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Quem me deu este vinho a beber foi uma amiga muito querida e que se apresenta cá em casa para jantar com grande frequência. Tinha acabado de chegar de Israel e de lá tinha vindo com uma ideia não muito optimista dos néctares locais. Quando provou este desfez a ideia.
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Quando estive em Israel, no começo de 1999, provei vários vinhos, mas sinceramente não me lembro deles. Não tenho nem boas nem más recordações. Foi há muito tempo, mas sei que o vinho israelita nunca foi para mim motivo de conversa. Portanto, não devo ter achado nada de especial. Lembro-me, sim, da belíssima fruta, dos gostosos lacticínios, da gastronomia, da simpatia e hospitalidade.
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Um outro contacto com vinho judeu foi em Portugal, na Adega Cooperativa da Covilhã. Apoio a ideia de se fazer vinho judaico em Portugal, tendo em conta a presença e a tradição, nomeadamente na Beira Interior. Além de poder dar um contributo para as exportações. Infelizmente, a qualidade é que enfim… a impressão que transmite não é nada favorável.
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Com todo o respeito que me merece a cultura, as tradições e a religião judaica, penso que, no vinho, existe um princípio racista ou, se preferirem, de segregação religiosa. O vinho é um produto religioso, mas que só os judeus podem produzir. O processo tem de ser super-higiénico, é muito exigente nesse aspecto… além disso, os não judeus ficam à porta da adega, nem o enólogo pode entrar, podem vindimar, mas não ter contacto a partir do momento do começo da transformação das uvas. Pelos vistos, os gentios estragam ou conspurcam o líquido santo. Imagine-se o que se não diria se o comportamento fosse idêntico em relação aos judeus…
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Bem, os cristãos criaram a Santa Inquisição e os alemães, mais uns tantos, o holocausto. Cruzes que todos temos de carregar, apesar de não termos, em concreto, cometido tais crimes. E os judeus hão-de sempre vitimizar-se, tirando partido dos complexos de culpa e fazendo chantagem emocional. Paciência!
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Há outro aspecto em que esse racismo se manifesta. Se o vinho (judaico) não for mevushal não pode ser servido por um gentio a um judeu. O que se não diria se fosse ao contrário!...
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Desculpem, mas há coisas que não engulo. Acho que um povo que sofreu o que sofreu ao longo de toda a história tem obrigação de, no presente, abandonar estas práticas segregacionistas. Já para não referir a situação da ocupação territorial na Palestina.
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Bem… no nariz revela alperce, flor de laranjeira e um fumo suave. Na boca mostra elegância e um final médio-longo.
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Origem: Galileia
Produtor: Golan Heights Winery
Nota: 7/10
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