O senhor Santos, simpático proprietário da Garrafeira Campo de Ourique, lembrou-se de juntar uns amigos à volta da mesa, dar-lhes de comer e matar-lhes as sedes com algumas alegrias, com história, da sua garrafeira. Fui um dos beneficiados pela generosidade. Começou por volta das 14 horas e terminou às 18 horas.
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Para fazer buraquinho no estômago, para melhor entrar a comida, veio Champanhe Bauget Jouette Cuvée, que, naturalmente, é um lote de vinhos de diferentes anos. A coisa começou bem.
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Para primeiro prato, o senhor Santos escolheu um carpaccio de polvo com rúcula. Belo! O Champanhe estendeu-se até aqui.
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A seguir apareceu um fígado, vivo, macio e quase vivo, com grelos e figo seco. Uma delícia! Acompanhou-se com um MJC (Colares) branco de 1989. Bem evoluído, com boa boca e, apesar dos seus vinte anos, ainda mantém frescura.
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O prato que me encantou até ao enlevo foi o de cabrito. Muito jovem e tenrinho e molhado à antiga portuguesa, disse-me o anfitrião. A escolta-lo vieram batatas e chalotas a murro, grelo e pasta de figo seco. Neste momento foram servidos os vinhos da tarde, todos tintos.
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A abrir o concerto esteve um Messias Garrafeira de 1978, sem denominação de origem, mas que se deduz ser da região bairradina. Manteve a acidez e os taninos mostraram-se polidos. Nele, chocolate, vegetais cozinhados – infelizmente não consegui identificar –, figo e ginja (obrigado, oh Agosto). Muito elegante e suave.
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Sucedeu no palco um Aliança Garrafeira Particular 1958, também sem indicação de proveniência e que deixou alguma dúvida se da Bairrada ou se do Dão – voto pela primeira, até porque a denominação Dão existia já na época, enquanto a da Bairrada só foi instituída em 1979. Embora outros vinhos de pasto possam ter o igualado ou superado, este foi o que mais me encantou. Muito elegante e em grande forma, o que valeu os primeiros «Ahs!», sem desprimor para os anteriores.
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É então que chegou o Château Gruau Larose de 1982, denominação (AOC) Saint Julien, com o seu couro, fruta cozida, lenha de forno.
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Talvez o mais aplaudido nos de pasto tenha sido o Château Labérgarce Zédé de 1986, indicação Margaux. Nele, bolo, fumo, confitados… e mais que não identifiquei. Mea culpa!
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Para finalizar os comes, encharcada de ovos. Para junto dela vieram, primeiro, um Century Port J. H. Andresen, um tawny (aloirado no rótulo) de 1945. Gordo! Caramelo, amêndoa, noz, figo seco. Depois, a estrela das estrelas: Miles Boal Solera de 1864, com as suas elegâncias: caramelo, algum verniz, pastelaria, madeira mogno e um toque ligeiro de banana madura. Muito elegante e com boa acidez .
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Pensam que foi tudo? Não! A malta pediu e implorou – não quero culpar ou denunciar ninguém, mas houve uns mais do que outros, como é costume nestas coisas – e o senhor Santos concedeu: Armanhaques.
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Dois La Fontaine de Coincy, Bas Armagnac, de 1945 e outro, da mesma procedência, de 1985. O segundo muito afinadinho, como a voz suave dum menino de coro a cantar missa. O primeiro, já adulto, mais interessante e complexo, com notas de madeira, canela, terra, compotas e rebuçado.
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Por todas estas coisas, vai um grande obrigado e abraço para o senhor Santos. A companhia – da Isabel Lucas e dos Agostinho Leite, José Manuel Dentinho, Tiago Teles, Fernando Melo e Luís Miguel Viana – também foi uma cena bué fixe!
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Para fazer buraquinho no estômago, para melhor entrar a comida, veio Champanhe Bauget Jouette Cuvée, que, naturalmente, é um lote de vinhos de diferentes anos. A coisa começou bem.
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Para primeiro prato, o senhor Santos escolheu um carpaccio de polvo com rúcula. Belo! O Champanhe estendeu-se até aqui.
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A seguir apareceu um fígado, vivo, macio e quase vivo, com grelos e figo seco. Uma delícia! Acompanhou-se com um MJC (Colares) branco de 1989. Bem evoluído, com boa boca e, apesar dos seus vinte anos, ainda mantém frescura.
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O prato que me encantou até ao enlevo foi o de cabrito. Muito jovem e tenrinho e molhado à antiga portuguesa, disse-me o anfitrião. A escolta-lo vieram batatas e chalotas a murro, grelo e pasta de figo seco. Neste momento foram servidos os vinhos da tarde, todos tintos.
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A abrir o concerto esteve um Messias Garrafeira de 1978, sem denominação de origem, mas que se deduz ser da região bairradina. Manteve a acidez e os taninos mostraram-se polidos. Nele, chocolate, vegetais cozinhados – infelizmente não consegui identificar –, figo e ginja (obrigado, oh Agosto). Muito elegante e suave.
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Sucedeu no palco um Aliança Garrafeira Particular 1958, também sem indicação de proveniência e que deixou alguma dúvida se da Bairrada ou se do Dão – voto pela primeira, até porque a denominação Dão existia já na época, enquanto a da Bairrada só foi instituída em 1979. Embora outros vinhos de pasto possam ter o igualado ou superado, este foi o que mais me encantou. Muito elegante e em grande forma, o que valeu os primeiros «Ahs!», sem desprimor para os anteriores.
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É então que chegou o Château Gruau Larose de 1982, denominação (AOC) Saint Julien, com o seu couro, fruta cozida, lenha de forno.
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Talvez o mais aplaudido nos de pasto tenha sido o Château Labérgarce Zédé de 1986, indicação Margaux. Nele, bolo, fumo, confitados… e mais que não identifiquei. Mea culpa!
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Para finalizar os comes, encharcada de ovos. Para junto dela vieram, primeiro, um Century Port J. H. Andresen, um tawny (aloirado no rótulo) de 1945. Gordo! Caramelo, amêndoa, noz, figo seco. Depois, a estrela das estrelas: Miles Boal Solera de 1864, com as suas elegâncias: caramelo, algum verniz, pastelaria, madeira mogno e um toque ligeiro de banana madura. Muito elegante e com boa acidez .
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Pensam que foi tudo? Não! A malta pediu e implorou – não quero culpar ou denunciar ninguém, mas houve uns mais do que outros, como é costume nestas coisas – e o senhor Santos concedeu: Armanhaques.
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Dois La Fontaine de Coincy, Bas Armagnac, de 1945 e outro, da mesma procedência, de 1985. O segundo muito afinadinho, como a voz suave dum menino de coro a cantar missa. O primeiro, já adulto, mais interessante e complexo, com notas de madeira, canela, terra, compotas e rebuçado.
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Por todas estas coisas, vai um grande obrigado e abraço para o senhor Santos. A companhia – da Isabel Lucas e dos Agostinho Leite, José Manuel Dentinho, Tiago Teles, Fernando Melo e Luís Miguel Viana – também foi uma cena bué fixe!
2 comentários:
Luís Miguel Viana da Lusa?
Abç
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