A pensar para os dias depois do Verão… três vinhos com o
carácter do Douro, com características bem diferentes – o que convém.
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A Quinta do Pôpa não é uma empresa com passado, mas está a
construir o seu caminho. Não chegou uma desilusão e mantenha-se o empenho e o
futuro terá luz.
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Não é comum no Douro fazerem-se monovarietais. Neste caso há
dois e outro com o lote feito numa vinha velha. Um facto interessante é a
ousadia de guardar vinho durante alguns anos, por saber que terão mais-valias.
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Digo ousadia porque a pressão de distribuidores, retalhistas
e restauradores – talvez dos enófilos – impõe uma (i)necessidade de juventude. Às
vezes dá para fantasiar com alguém a comprar vinho de vindima por acontecer –
não confundir com os negócios de futuros.
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O Quinta do Pôpa Touriga Nacional 2012 traduz o Verão quente
desse ano. Tem os sabor do doce das geleias de frutos vermelho e já uma ligeira
patina, muito longe de sinónimo de cansado do tempo. E pode guardar-se.
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O Quinta do Pôpa Tinta Roriz 2012 não é melhor, mas
preferi-o. Tem notas de noz-moscada e, ao fundo, cravinho. Aqui a patina do
tempo é menos notória. E tem também vida pela frente.
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O Quinta do Pôpa Vinhas Velhas 2013… não sei bem o que dizer…
É o Douro. Parece que as videiras antigas têm sabedoria. Devemos ouvir os
antigos.
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Quinta do Pôpa Touriga Nacional 2012
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Origem: Douro
Produtor: Quinta do Pôpa
Nota: 7/10
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Quinta do Pôpa Tinta Roriz 2012
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Origem: Douro
Produtor: Quinta do Pôpa
Nota: 7,/10
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Quinta do Pôpa Vinhas Velhas 2013
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Origem: Douro
Produtor: Quinta do Pôpa
Nota: 8/10
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