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Não sei as vezes que escrevi palavras alinhadas, mais ou
menos, como estas. Sei que as envio repetidas para algumas pessoas. Lamento,
mas…
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Quando a vergonha se acanha e, de tão atiçada, se faz forte,
põe as garras de fora e luta, porque a sobrevivência é mais fácil do que a
pobreza.
A notícia correu à velocidade das pernas e do boca-em-boca,
na época não existiam nem telefone, muito menos telemóveis nem se sonhava com
os falecidos peigeres, nem telégrafo, nem telexes, nem imailes, nem ésse-éme-ésses,
nem éme-éme-ésses, nem internete, nem rádio-telefonia, nem televisão, nem
ualquitolquies… havia palavra escrita, mas não jornais. Podiam fazer-se sinais
de fumo, mas naquelas terras não se usavam.
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Soube-se pela velocidade dos passos e destreza da boca: caiu
a Torre de Babel.
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Agora que há todos os meios que citei é rápido informar que
a minha obra-prima nem se conseguiu erguer.
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Ora tentem fazer uma torre de vinho.
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Nota: Pintura de Albert Anker.
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