Comprei este tinto por menos de dois euros. Antes que me argumentem que por esse preço não há bom vinho, respondo que os países do «novo mundo» aí estão para provar o contrário: vinho de grande consumo a preços acessíveis e que nem todo o vinho tem de ser uma preciosidade e caro. Repito que me marimbo para o preço e para as relações de qualidade e preço. Bebo o que gosto e recomendo o que julgo valer a pena.
Neste caso não recomendo. No nariz é um soco de álcool, o que transborda para a boca. É maciosinho e tal, mas nada mais. É desinteressante como uma folha de papel. Não percebo. Nem sequer percebo como foi aprovado como Dão, pois vinho desta qualidade deveria ser chumbado em nome da dignidade e reputação da região. Certamente só porque rende uns cobres em selos de certificação é que é aceite pela entidade que deveria zelar pela qualidade da denominação ou então em nome dum qualquer direito adquirido. Não percebo o que este vinho possa significar para quem o produz, pois não pode encher de orgulho quem o faz. Não percebo como chega ao mercado este vinho e, para mais, com o selo Dão à garupa.
Região: Dão
Produtor: Adega Cooperativa de Penalva do Castelo
Teor alcoólico: 12,5%
Nota: 2/10
3 comentários:
Muito boa tarde, Sr. João Barbosa.
Em relação á Adega fazer mau vinho, recomendo-lhe que abra, (e visto k não se importa com o preço) um bocadinho mais os cordões á bolsa e tente provar, por exemplo um Garrafeira, um Jaen, um Milénio, uma Touriga, uma Reserva, e porque não até um Aragonês, antes de dar socos no vinho e rasgar folhas sem interesse.
Depois aconselho-o a consultar um Guia, desculpe dois se não se importa, e já que parece entendido de certeza os achará interessantes.
Aqui vai, consulte a página número 73 do Guia de Vinhos de Portugal (Escolha dos Enólogos), da Editorial Presença, ou se preferir, as páginas 85 e 154, do guia Corpo e Alma 2006/2007 do Aníbal Coutinho.
Verá que o meu conselho o irá ajudar a reformular a sua observação delinquente em relação ao nosso querido Encostas e á reputação da CRVDão.
Desde já o meu muito obrigado
Grato pela sua atenção.
Já agora e desculpe poderá passar a informação ao seu amigo Manuel Gomes Mota, esperando nós um dia podermos ser seus amigos também.
Sr. Apreciador (anónimo) quando calhar abrirei esses vinhos... quando me calharem à frente, mas pode ter a certeza que não vou a correr comprá-los.
Quanto aos seus conselhos. Respondo-lhe que estou manifestamente nas tintas para as opiniões de quem quer que seja. Guio-me pela minha cabeça e dou a minha opinião. As opiniões expressas nos guias são válidas e acertadas, mas são dos seus autores. Se fosse para publicar as deles não precisava de pôr as minhas. Será que isto é muito complicado para a sua cabeça? Percebeu? Tenho de explicar melhor o que é uma opinião?
Não percebi por que fez referência a Manuel Gomes Mota. É um comentário de absoluto despropósito.
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