Quem me conhece sabe que estou marimbando-me para a relação entre a qualidade e o preço. Pura e simplesmento não quero saber. Das duas uma: ou tenho dinheiro para a coisa que quero e compro-a ou não tenho e esqueço-a. Se a tenho, aprecio-a, desfruto-a e, eventualmente, lamento depois de provada. Se não a tenho, nem quero saber.
Vem toda esta introdução, porque recomendei e recomendarei muitas vezes o Altano a quem aprecia as boas relações entre a qualidade e o preço e também não gosta de gastar muito dinheiro com um vinho. Vem esta introdução a propósito de, por ter gostado do modesto Altano, ter oferecido o Altano Reserva, mesmo arriscando sem provar. Vem toda esta introdução a propósito de tanto assim ser que o meu amigo Paulo Rosendo (parceiro no blogue A Adega - ele vai perdoar-me... não sei se os amigos me perdoarão) me ter oferecido o Altano Reserva.
Ora que tal é este Altano Reserva 2003? No nariz é vegetal com uma leve nota frutada... num primeiro embate é tascoso, até vem um certo golpe alcoólico, que é desnecessário. Na boca é uma desilusão. É chatíssimo! É aborrecidíssimo, bocejante, entediante.
Garanto que é inversamente proporcional ao irmão mais modesto. Enquanto o singelo Altano merece todos os poucos euros que se paga por ele, este não vale a diferença. Nem só pela relação entre a qualidade e o preço. Este deveria ser mais barato do que o outro.
Região: Douro
Produtor: Symington Family Estates
Teor alcoólico: 13,5%
Nota: 2,5/10
2 comentários:
João partilho a tua opnião. Aliás, não sei se te já aconteceu mais que uma vez, o barato saber melhor que o caro (que devia ser melhor).
Por isso e por outras tento beber o que só gosto. Nem sempre dá, mas vai-se tentando.
Caríssimo, inteiramente de acordo. Tento só beber o que gosto, mas acabo sempre vítima da minha curiosidade... :-p
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