quinta-feira, maio 25, 2006

Vinhos H.M. Borges - Madeira

O improvável aconteceu-me. Serviram-me vinho abafado para regar a refeição e o dito cansou-me a sede. Na verdade, não foi um generoso, mas quatro. Flutuei sentado na cadeira a beber Vinho da Madeira. No nariz festejei com os aromas quentes e diferentes do quarteto e na boca exprimentei as mestiçagens com as diferentes comidas. Todos vieram da casa H.M. Borges.Primeiro veio um Harvest Sercial de 1995, de trago seco e ácido, mas a enrolar-se macio e suave dentro de mim. Quando lhe encostei uma salada de tomate e courgette com espargos, então, começou a cantar alegrias.Encanto maior mostrou o Harvest Colheita Boal de 1995... que delícia elegante no nariz e prazer na boca! Este é um Vinho da Madeira capaz de trazer fama e fazer renascer um espírito cansado. Visto a olho nu era apenas vinho num copo, mas quando se soltava na boca e se lhe juntava a mousse com avelãs e foi-gras havia brincadeiras desenfreadas e alegres.A coisa acalmou com o Harvest Colheita de 1995, feito só de uvas negra mole, e embora não sendo de mau fundo não brilhou por causa dos manos. Nem mesmo com a carne de vaca macia, a batata desfeita e os legumes verticais o fizeram subir a grandes alturas. Mas não envergonhou o nome de família.A fechar a festa veio uma sericá com mel escoltada por um Harvest Malvazia 1998 e o júbilo foi notório, tanto da parte da noiva, como do noivo, como durante toda esta boda. Por mim, este foi a melhor núpcia da época e a beleza líquida mais fácil e encantadora. Perdi-me de amores por ela.Espantoso ainda foi o chefe, o alcoviteiro que inventou os casamentos dos vinhos com os pastos. Foi tarefa de esforço, engenho e sabedoria. Porém, saí-lhe em destino e desafiei-o com a minha intolerância ao peixe. Saiu-se bravamente, improvisando uma cartinha só para mim, coisa revelada de maravilha nas papilas e saciante na gula.Hoje é dia de festa, canta a minha alma!

terça-feira, maio 16, 2006

Pizzeria Mezzogiorno

O que vale é o espaço, tudo o resto é de evitar.O menos mau ainda é o serviço, que, por acaso, nem é bom. Aliás, é muito demorado. A comida, que nem vale a pena, não merecia e os clientes também não.A carta de vinhos é curta, inflacionada e os ditos são todos de gama baixa ou de gama média/baixa.Para entrada-couvert trazem uma espécie de pizza que faz corar de vergonha um bacalhau. Um horror salgado.As pizzas são feitas em forno de lenha e aí reside o curtíssimo interesse do sítio, o que, convenha-se, é pouco. Os produtos são industriais e incaracterísticos.Este sítio é um lugar a mais em Lisboa. Devia fechar!

Rua Garret 19 - Lisboa
Telefone: 213421500
Encerra: Domingo, segunda (almoço)
Horário de funcionamento: sas 12h30 às 15h30 e das 19h30 às 00h00

domingo, maio 07, 2006

Restaurante d'Avis

Há anos que conheço este restaurante e nunca me desiludiu. A cozinha alentejana é feita com competência e acerto. Vou lá com gosto. Recomendo-o.O serviço é informal e o ambiente familiar.

Rua do Grilo 96/98 Lisboa (Beato)
Telefone: 21 868 13 54