sexta-feira, abril 01, 2011

TN Terras do Minho Touriga Nacional Rosé 2010

Bem, parece que abriu a época de caça ao rosé. Pum! Pum! Pardalito abatido. Para ser sincero, este chegou-me ainda no Inverno, e lá para trás, mas a preguiça dos meus dedos foi tanta, que deixei os vinhos todos atrasados.

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Pois sim, gostei. Com a fruta madura gulosa, mas sem a xaropada dos roses que andam por aí a «fazer». Frescura, leveza…

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Sim, é de touriga nacional. Agora não há cão nem gato que não seja emprenhado pela touriga. Ok, é a grande casta portuguesa… bolas! Não é a única. Agora é a monocultura da dita?! Ok, tudo bem, o vinho está bem.

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Virtude é também ter 11 graus. Apre, já não era sem tempo. Um rosé quer-se leve. É com cada tiro directo aos miolos que um tipo leva, que penso três vezes antes de beber um rosado.

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De lamentar o vedante. Rosca. Rosca? Ok, é mais prático. É mais barato. Um vinho novo e para consumo rápido não precisa da rolha. Pois não, mas, então, se são os produtores portugueses os primeiros a mandar balázios na cortiça, os consumidores bem podem fazer o mesmo… por que raio hei-de beber vinho português?

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Fora isso, foi fixe bebê-lo.

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Origem: Vinho Verde

Produtor: Quinta da Lixa

Nota: 6/10

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Nota: Este vinho foi enviado para prova pelo produtor.

1 comentário:

Diogo e Marola disse...

Por irónico que pareça, a rolha de cortiça mais barata que as corticeiras oferecem é uma peça elaborada à base de aglomerado de cortiça (material proveniente da trituração dos restos de toda a cortiça que é desperdício), que por sua vez é 100% eficaz contra o TCA e que é mais barata que a rosca. Este tipo de vedante aconselhado para vinhos de consumo rápido, como é o caso deste rosado. Portanto das duas uma, ou estes produtores não sabem fazer contas e deixam-se ir em cantigas, quer do fornecedor, quer dos distribuidores internacionais, que grande parte das vezes pressionam e obrigam mesmo os produtores a seguirem esta politica de vedantes sintéticos, ou estes produtores desconhecem que a industria da cortiça representa uns "insignificantes" 2,5% do PIB Nacional e que 70% da industria da cortiça deriva da produção de rolhas, isto sem falar da morte, nomeadamente, do Alentejo tal como o conhecemos. Abraço Diogo Albino dbagulhoalbino@gmail.com