sábado, fevereiro 11, 2012

Herdade da Farizoa Selecção do Enólogo Tinto 2009

Hoje, amanhã e depois debruço-me sobre três vinhos da Companhia das Quintas. Começo pelo que menos me impressionou até ao mais catita, na minha opinião. São todos tintos, mas agora importa este alentejano.
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Não sei bem o que dizer… não tem nada a ver com a memória dos alentejanos clássicos, mas também não é o retrato-robô do que muito se anda a fazer por ali. Parece-me equilibrado nesse ponto. Reconheço que o modelo vigente me encanita um pouco, pois são muito globais, independentemente de serem bons ou não.
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Este tem, para mim, a virtude de não ser um tinto de barrar no pão… Isso é uma coisa bom. Menos boa é a frescura, pouca, que lhe notei. Assim-assim é o domínio de castas portuguesas, embora sejam fashion e de no lote haver syrah. Para ser preciso: alfrocheiro (30%), aragonês (30%), touriga nacional (30%) e syrah (10%).
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Gostei do arranjinho no nariz, com uma complexidade interessante, levemente especiado (talvez noz moscada, não juro), café, chocolate (preto, mas não absurdo) e ginja, mais do que a cereja indicada pela casa. Não lhe senti muito a madeira, o que é muito bom sinal, pois levou 18 meses em barrica.
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Gostei mais do nariz do que da boca, devido à pouca frescura… penso (quem sou eu? Enólogo não sou) que tal terá mais a ver com o território do que com a competência de enologia (João Corrêa e Nuno do Ó), com mais do que provas dadas. Aqui sim, senti mais a madeira.
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Resumando e concluando: tásse bem!
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Origem: Regional Alentejano
Produtor: Companhia das Quintas
Nota: 5/10
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Nota: Este vinho foi enviado para prova pelo produtor.

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