terça-feira, junho 28, 2011

Stellenzicht Merlot Cabernet Franc 1996

Belo! Belíssimo! Aplauso! Clap! Clap! Clap! Deu-me tanto prazer que quem o bebeu comigo garante que há muito tempo não me via assim… duma elegância… a promessa de mais anos de vida… o couro polido, folhas de chá subtis… enfim, um primor. Há coisas que só os vinhos com idade têm para conversar!...
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Origem: Stellenbosch
Produtor: Stellenzicht
Nota: 8,5/10

segunda-feira, junho 27, 2011

Montes Claros Garrafeira 2007

Não sei se já disse, se disse digo outra vez, que ando um pouco entediado com os vinhos do Alentejo. Este foi um caso à parte. Dei cabo dele com o meu amigo VR, que anda mesmo zangado com os tintos do Alentejo… a este rasgou-se em elogios.
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Está tudo dito? Talvez, mas quero dizer mais. É alentejano, dos que me lembro, embora com assombro de modernidade. A Adega de Borba anda a somar pontos.
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Tomem lá descritores: No nariz muito limpo e nítido, com amoras e ginja. Na boca, amigalhaço, com acidez, estrutura, notas de especiarias e bom final.
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Origem: Alentejo
Produtor: Adega de Borba
Nota: 7,5/10
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Nota: Este vinho foi oferecido pelo produtor.

domingo, junho 26, 2011

Quinta dos Murças 10 Anos

Este é o primeiro Porto da empresa alentejana. É um tawny prazenteiro, embora de inegável qualidade, não me encheu as medidas. Revelou no nariz notas de mel e especiarias. Na boca, os frutos secos, tâmaras… mas com muito boa acidez. Depois de cumprir, como menino bem comportado, a tradição dos 14 graus de temperatura, preferi bebê-lo um pouco mais fresco do que o recomendado… mas não gelado! Dah!... e sozinho, pelo prazer de com ele conversar mais uns amigos.
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Origem: Porto
Produtor: Esporão
Nota: 6/10
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Nota: Este vinho foi enviado para prova pelo produtor.

sábado, junho 25, 2011

Vértice Grande Reserva Branco 2009

Pois que é um belíssimo branco, desafiante e ao mesmo tempo fácil. Tem lá o carácter do Douro, das castas gouveio e viosinho. Mostra no nariz fruta branca, notas cítricas, finura de fumo. A fruta nada enjoativa, ainda que madura, pois a acidez complementa-a. Gostei das notas minerais.
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Origem: Douro
Produtor: Caves Transmontanas
Nota: 7,5/10
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Nota: Este vinho foi enviado para prova pelo produtor.

quarta-feira, junho 22, 2011

Gin nº 3 chega a Portugal

Não é o Mambo nº 5, de Lou Bega… é o Gin nº 3, da Berry Bros’ & Rudd. Pretende competir com o Hendricks e o Bombay’s Sapphire… tal como esses, é bom pra chu-chu.
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Ando há um horror de dias para escrever sobre este destilado de zimbro, mas a preguiça e qualquer outra coisinha têm-me demovido da nobre tarefa ginzar um texto. Então cá vai.
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Além, das bagas de zimbro, o Gin nº 3 resulta da destilação de casca de laranja, casca de toranja, sementes de coentros, cardamomo e raiz de angélica, uma planta que nunca ouvira falar, mas que, pelos vistos, existe mesmo e não tem sinónimo em português. Sempre a aprender.
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O aroma é extremamente agradável, com uma simpática envolvência dos componentes. O que não sabia, mas também fiquei a saber, é que as bagas de sabugueiro cheiram a estrebaria… não é bem bosta, mas estrebaria limpa… Não é apenas este gin, são todos! Todos derivam da destilação das continhas pretas.
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Os componentes transmitem uma sensação de grande frescura, cítricas, com notas picantes e um final sui generis da angélica. Esta casa, fundada em 1698, sugere para o gin tónico a água tónica da Schwepps e, em vez duma rodela de limão, apenas uma casquinha.
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O nome do gin resulta do número da porta da Berry Bros’ & Rudd, na St. James Street, de Londres.

terça-feira, junho 14, 2011

Herdade do Esporão S 2008

S de syrah. Prazenteiro, mas menos do que o TN e AB. Gostei do seu final e as notas de chocolate preto e madeira apanhada pelo lume. Ao nariz vieram groselhas, nuances de chocolate preto e algumas especiarias.
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Origem: Regional Alentejano
Produtor: Esporão
Nota: 7/10

segunda-feira, junho 13, 2011

Herdade do Esporão AB 2008

Belo vinho! Se a gama tem um perfil internacional, este pareceu-me com bastante Alentejo lá dentro, apesar da casta… bem, foi adoptada pelos alentejanos e já é histórica.
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Não que seja superior ao TN, mas deu-me mais prazer. Para ser justo dou-lhe a mesma nota de avaliação.
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Muita groselha, notas de fumo e minerais. Na boca tem power… puja! Taninos com garra.
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Origem: Regional Alentejano
Produtor: Esporão
Nota: 7,5/10

domingo, junho 12, 2011

Espumante de Alvarinho QM 2010

Para mim, o menos interessante dos QM apresentados. No entanto, assinala boa frescura e uma borbulhagem pouco interessante e até ligeiramente agressiva. No nariz revelou notas florais e miolo de pão.
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Foram provados ainda os antigos, de 2004, 2007 e 2009… sem que nenhum deslumbrasse.
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Origem: Vinho Verde
Produtor: Quintas de Melgaço
Nota: 4/10

sábado, junho 11, 2011

Castrus de Melgaço 2010

O Castrus de Melgaço é um alvarinho com estágio em madeira, o que resulta numa pinga mais estruturada. Apesar do estágio, o Castrus mantém a frescura desta casta.
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Na prova das Quintas de Melgaço, além do 2010, foram dados à prova os Castrus de 2004, 2005, 2006 e 2007. Mais uma vez foi a colheita de 2004 que se destacou.
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O 2010, como já se referiu, é um vinho equilibrado. Revelou no nariz casca de tangerina, pêssego e uma manteiga muitíssimo suave. Na boca notou-se a tangerina e revelou uma assinalável frescura.
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Origem: Vinho Verde
Produtor: Quintas de Melgaço
Nota: 6/10

sexta-feira, junho 10, 2011

QM Alvarinho Colheita 2010

Começa o tempo a aquecer e vem à lembrança o Vinho Verde, o que não deixa de ser injusto, pois há pomadas desta região que merecem apreciação todo o ano.
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As Quintas de Melgaço apresentaram os seu novos vinhos, todos da casta alvarinho, alinhando-os ainda numa perspectiva histórica. Desta marca provaram-se os 2004, 2005, 2006, 2007 e 2008. De todos, o que mais brilhou foi o 2004, sendo que o 2007 também causou muito boa impressão. Em termos genéricos, todos os vinhos mostraram-se bem.
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O da colheita de 2010 mostrou um nariz com notas tropicais, mas também com notas de flores. Na boca apresentou bela acidez e paladar a tangerina e pêssego.
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Origem: Vinho Verde
Produtor: Quintas de Melgaço
Nota: 6/10

quinta-feira, junho 09, 2011

Zom Colecção 2008

Ontem disse que gostei mais do outro, apesar deste ser melhor. Declaração: leva mais meio ponto só por causa disso. Mas garanto que gostei mais do outro. Não me apetece discutir.
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É rico em sensações, no nariz fruta vermelha madura, especiarias, fumo suave. Na boca, muito equilibrado, amigo de se beber, gastronómico, com bom final.
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Como hoje estou bem disposto, vou dizer as castas: touriga nacional, touriga franca e mais uma série delas que estão aos molhos numa vinha velha… lalá ri, lalá lá, lalá ri, lalá lá.
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Origem: Douro
Produtor: Barão de Vilar
Nota: 7/10

quarta-feira, junho 08, 2011

Zom Tinto 2008

Lê-se como som ou bom, e não como Zon, a empresa de telecomunicações que tem um nome que não quer dizer nada e que, por isso, é tão ridículo quanto o da sua concorrente Meo. Zom! Nome duma ribeira duriense que deu nome a quinta que deu nome ao vinho.
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É coisa nova, obra de Álvaro van Zeller, homem de créditos bem enraizados na enologia portuguesa. Deixando de dar graxa ao senhor, tenho a dizer que gostei muito deste vinho. Amanhã publico o que se situa no patamar acima. Sendo esse inquestionavelmente melhor, devo confessar que preferi este a esse. Mas na nota vou reflectir um pouco esta situação.
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É uma marca nova, estreia da Barão de Vilar, aristocrata português da família de Álvaro van Zeller. A família tem registo na Flandres desde o século XIII e passou à península Ibérica no século XVII, devido às guerras religiosas… adiante.
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Gostei muito da acidez deste tinto. Pareceu-me com potencial de guarda, apesar de estar bebíssimo (cá estou eu outra vez a inventar palavras). No nariz mostra vegetal, especiarias e fumo. Na boca vai sem ferir e com bom final.
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Tem touriga nacional? Tem! E mais o quê? Touriga franca. E mais nada… dizem que sim.
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Origem: Douro
Produtor: Barão de Vilar
Nota: 6,5/10

terça-feira, junho 07, 2011

Vinha do Monte Tinto 2009

Este tem bué da castas. Lá estão a alfrocheiro, alicante bouschet, aragonês, syrah e trincadeira. Escapou a touriga nacional… graças a Deus que alguém ousa não a adicionar!
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É um vinho descomplicado e que se deixa beber tranquilamente. É a entrada de gama e está mais feliz que concorrentes do Alentejo e outras regiões… vamos ver se o sucesso nas vendas, e consequente aumento das quantidades, não o irá, um ano, atirar para um patamar abaixo. Para já, traz felicidade.
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Origem: Regional Alentejano
Produtor: Herdade do Peso / Sogrape
Nota: 4/10

segunda-feira, junho 06, 2011

Vinha do Monte Branco 2010

Para quem tem a mania que não gosta de vinhos com a casta antão vaz… teve-se bem! Mesmo! Estão lá as castas roupeiro, arinto e a tal que já disse.
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Nota especial para a arinto, que lhe dá uma bela frescura. Verdade: nem parece bem um branco alentejano. Pois! Citrinos e flor de laranjeira. Já disse que é fresco?
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Origem: Regional Alentejano
Produtor: Herdade do Peso / Sogrape
Nota: 5/10

domingo, junho 05, 2011

Herdade do Peso Colheita Tinto 2008

Bom! A Sogrape aposta na relação entra a qualidade e o preço. Julgo que o consegue com os diversos vinhos desta casa alentejana.
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Não deslumbra, nem será esse o objectivo. É um vinho de gama média a preços um pouco abaixo do habitual… alicante bouschet e aragonês… tal e tal e tal…
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Compota de frutos vermelhos, amora e ameixa… fácil, com frescura que não o deixar pesar, polido.
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Origem: Alentejo
Produtor: Herdade do Peso / Sogrape
Nota: 5/10

sábado, junho 04, 2011

Herdade do Peso Reserva Tinto 2007

Uma aposta da Sogrape na relação entre a qualidade e o preço. Penso que consegue. O preço está um patamar abaixo do lugar da qualidade. Há crise, há menos dinheiro, o consumo diminui e há que arrebanhar os consumidores enófilos, antes que comprem outros. É a parte boa da carestia que se vive, na óptica do utilizador de bens vínicos.
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Cá vai o relambório das castas: alfrocheiro, alicante bouschet e aragonês. Alentejanando… a madeira mostra-se bem casada com a fruta, tem boa acidez….
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Origem: Alentejo
Produtor: Herdade do Peso / Sogrape
Nota: 6/10

sexta-feira, junho 03, 2011

Herdade do Peso Ícone 2007

Nos próximos dias vou aqui apresentar a gama da Herdade do Peso, propriedade alentejana da Sogrape, cujos vinhos foram dados a conhecer no último dia de Maio. Normalmente, costumo começar com os menos e vou para os mais. Desta vez faço o contrário, visto o topo de gama ser uma estreia absoluta.
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A Sogrape quer com esta casa levar ao mercado vinhos com boa relação entre a qualidade e o preço. Penso que o consegue, embora isso me diga pouco ou quase nada. Talvez o único que esteja com um preço um pouco puxadote seja este… mas é novidade, é o melhor da herdade, foi criado com mais amor e carinho… além de quem gosta de comprar pelo lado direito da lista, de cima para baixo, para impressionar o conviva, tem aí um argumento. Mas como já referi aqui, e outras vezes, o preço e a sua relação com a qualidade interessa-me pouco, muito pouco, quase nada e nada… depende dos dias.
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A Sogrape coloca alto este vinho, no mesmo patamar do seu duriense Ferreirinha Reserva. Como ambição não falta… pensam já em projecta-lo ainda mais para arriba… Barca Velha? Quem disse Barca Velha? Ninguém se arriscou a tanto, mas ficou subentendido.
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É um vinho complexo, tanto no nariz como na boca. Especiarias, menta, tabaco e fumo sem qualquer exagero. Fresco na boca, com ameixa preta, amoras, alguma compota, fresco… macio, fácil, sedutor. Muito apetecível e gastronómico.
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Querem saber as castas? Têm a certeza? Então cá vai: alicante bouscet em maioria, depois alfrocheiro e aragonês.
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Origem: Alentejo
Produtor: Herdade do Peso / Sogrape
Nota: 8/10

quarta-feira, junho 01, 2011

Grandes Quintas Reserva 2008

É Douro e não é daqueles vinhos para barrar, como muitas vezes acontece na região (e não só nessa).
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Achei-o fresco e elegante, com final longo. Apreciei-o no nariz, que se mostrou complexo, com bom equilíbrio entre fumo e fruta.
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Origem: Douro
Produtor: Casa de Arrochella
Nota: 7,5/10
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Nota: Este vinho foi enviado para prova pelo produtor.